segunda-feira, dezembro 31, 2007

O fim do ciclo é o começo de outro. Feliz 2008!

Escrevo este texto a menos de 24 horas do fim de um ano que valorizo tanto como o fim de qualquer outro ciclo. Os ciclos que acabam ficam lá, no passado, enquanto que os ciclos que começam são os nossos desafios e sonhos por vir. Esses sim deveriam ser celebrados!

Deixo para trás um 2007 cuja existência agradeço e regozijo. Um ano que me ensinou que um sonho pode tornar-se em pesadelo e que o pior dos pesadelos pode ser um sonho que não percebo.

Foi o ano o ano que fez ser convidado a alguns congressos científicos, como profissional dos modelos sistémico e logoterapêutico a falar de interculturalide, o que me ajudou a escrever artigos científicos e a dar formação na minha apaixonante Logoterapia. Enfim, um ano de aprendizagem profissional.

Foi também em 2007 que fui duas vezes a Roma (três anos depois de ter visitado a taciturna e bela Milão), que me fez conhecer uma das pessoas mais extraordinárias que poderia conhecer – o Sr. Ali Nahkjavani com quem tive a oportunidade de ter maravilhosas e estimulantes conversas. Conheci neste ano a luz e a sombra das pessoas e talvez até a minha própria luz e sombra, os meus limites e as minhas potencialidades. Encontrei, num outro prisma, pessoas cuja marca presente e constante em minha vida têm sido únicas: Peyman, Sahba e Sandra sempre presentes como bons amigos que são. E reencontrei bons amigos de outrora, como por exemplo a Daniela.

Na blogosfera vi a solidariedade de pessoas que participaram de ações coletivas em defesa do ambiente, da paz e dos Direitos Humanos, este último por mim organizado.

Ganhei novos amigos em países como Canadá, México, Uruguai, Áustria, França, Bélgica, Peru, Itália, Argentina e Timor. Mantenho aceso em meu coração o amor por Espanha e pelo Brasil. Vi, de muito longe, um tão esperado primo nascer.

Indignei-me ao ver Ahmadinejad a dizer que a Fé Bahá’í não é uma religião. Indignei-me com o falso moralismo de Puttin vetando a independência do Kosovo, pretensiosamente na defesa da integridade nacional de outros países europeus. Choquei-me com o fato de Chavez não se saber calar. Pasmei-me com a clara competência de Sócrates a gerir a sua presidência temporária, quem sabe a caminho de uma mais longa presidência, da União Europeia. E deliciei-me com o Oscar e o Nobel de Gore.

Mas o passado, que já lá foi, é substituído pelo presente e pelo futuro. A nossa percepção de futuro é o que nos faz sermos humanos.

2008 trará mais um pequeno passo, a unificação do idioma português numa só ortografia (que muito tem por lutar contra os barões que teimam em se manter presos ao passado). A unidade da humanidade está enraizada em nossos espíritos. As nossas dimensões físicas, psíquicas e espirituais vão sendo nutridas, em relações mútuas e sociais, mas a unidade mundial ainda tem um longo percurso pela frente.

Pergunto-me: qual será o papel de cada um de nós nesse processo? Quando é a Humanidade, em uníssono, se levantará em defesa da eliminação dos extremos de riqueza e pobreza, abolirá os preconceitos, instigará à eliminação dos fanatismos religiosos e científicos, e instituirá a educação para as virtudes e os valores?

Volto a deixar a pergunta para quem a quiser ler: “Qual será o meu papel neste processo de desintegração e integração?” A escolha está perante nós: Serei um bastião da crise ou um arauto da vitória?

Essa é a pergunta para 2008, um ano que espero que seja cheio de felicidade plena de sentido para todos nós!

Etiquetas: , , , ,

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Arranje coragem: Venda a vaca!

Lá para os confins do Tibete, perdida no meio do aparente nada, vivia uma família muito pobre. Num casebre decrépito sobreviviam, um homem-pai cansado e triste, uma mulher-mãe vergada pela dureza do dia-a-dia e muitas crianças-filhos, magrinhas, sujas e descalças, sempre doentes e com fome e uma vaca tão magra que mais parecia… não há termos que a definissem!

Um dia igual a tantos outros, passou por ali um monge e o homem apressou-se a cumprimentá-lo numa vontade urgente de mundo e esperança.

- Olá monge! Tu que és tão sábio e corres o Mundo, podes dizer-me o que hei-de eu fazer para melhorar esta minha difícil e triste vida, bem como a da minha família? – perguntou o homem com um suspiro.

O monge olhou para o homem-pai, para a família, para o casebre e depois fitou o horizonte.
- Vende a vaca…! - disse ele.
- A vaca?! Não posso! – lamentou-se incrédulo o homem.
- A vaca é o meu único sustento! Com ela posso arar o campo, quando calha ter forças…, posso fazer manteiga e… o leite! Depois é que fico sem nada! Não posso vender a vaca!!

O monge olhou com doçura para o homem (sem condescendência…) e repetiu:
- Vende a vaca…
E partiu pelo Mundo em direcção ao horizonte.

Passaram cinco anos, acho eu, ou podem ter sido apenas três.
O monge sempre em direção ao horizonte voltou a passar ali perto.
A impermanência da vida faz com que apesar de às vezes a vida parecer circular, na realidade é experienciada de forma diferente e por isso sempre na direção do horizonte.

O homem assim que avistou o monge correu até ele.
- Olá monge! – saudou-o com alegria.

O monge reconheceu então o homem-pai, agora alegre, corado e bem vestido. Olhou e viu uma bela casa, a mulher-mãe contente e tranquila que abraçava os jovens-crianças-filhos que chegavam da escola, numa bela carroça puxada por dois belos cavalos. Viu também os campos lavrados em volta da casa e um trator.
- Fico contente de te ver e à tua família tão bem, felizes e com saúde! Afinal o que é que aconteceu que originou tão grande mudança? – perguntou o monge sábio na serenidade de quem sabe a resposta (sem soberba…).

- Arranjei coragem e vendi a vaca! – riu o homem.

- Depois… como deixei de ter a única medida que afinal de contas só me trazia tristeza… olhei para o horizonte e fui à procura da minha felicidade.

Este foi um texto que li, já não sei aonde, se por email, se num livro, se encontrei nalgum site. Não me lembro! Sei apenas que a história é belíssima.
E, por ela, pergunto-me, será que serei capaz de vender a minha vaca e iniciar um novo ano de felicidade, saúde e prosperidade?
Será que seremos capazes disso?

O texto acabava com a frase:

Vai correr tudo bem, tem que correr. É só precisa coragem para vender a vaca.

Etiquetas: ,

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Ocidente V Oriente

Não creio que possamos dicotomizar a humanidade, no entanto, ao receber, via email, estas figuras de Yang Liu, pensei muito sobre o tema. As imagens com fundo azul são a realidade ocidental, enquanto que a oriental tem fundo vermelho.

O líder: No Ocidente tendemos a achar que o líder é uma pessoa semelhante aos demais, mas com algumas competências acrescidas, enquanto que no Oriente o líder é o senhor supremo do conhecimento? Quem diz isso é que não conhece alguns ditadores laborais que eu conheço...

Influências do tempo:
Verdade seja dita, os ocidentais sabem ser miseráveis em qualquer tempo...

Avançando na idade:
É a solidão que nos faz adquirirmos animais de estimação ao invés de brincarmos com os nossos netos?

Transporte:
Essa é a imagem que mais me faz pensar: enquanto no Ocidente ganhamos a consciência da necesssidade de não poluir, utilizando meios de transporte não-poluentes, os orientais começam a ter capacidade de adquirir meios de transporte que os permite ir a locais cada vez mais distantes de forma cada vez mais cómoda.

Refeições:Não me parece! Afinal de contas o que um alemão ou um inglês come pela manhã me dá tantas voltas ao estômago, como os peixes que alguns orientais tendem a comer na mesma refeição...

Obstáculos:Não tenho dúvidas de que um buraco é para ser contornado e não sobrepassado. Depois quando caímos nele, perguntamos como é que foi possível!

Viagem ao exterior:
Os japoneses são mesmos do fundo vermelho, mas, também, têm mais tecnologias que nós!

No restaurante:Quem acha isso é porque nunca esteve em Portugal, na Itália ou em Espanha...

Festas:
Qual será a melhor versão?

Filas:
Sim, sim, iden meu comentário do restaurante!

Raiva:Quem acredita que um oriental é mais dissimulado que um ocidental, não interpretou bem a imagem. Acho que um oriental sabe gerir melhor as suas emoções que a maioria dos ocidentais.

Rede social:A não ser que seja uma rede social de burocracia, acho que vou concordar com essa imagem...

Pontualidade:Não conheço muitos ocidentais pontuais, mas se quiserem mesmo acreditar nisso... Na Itália todos chegavam antes da hora, em Portugal todos chegam depois da hora e em Espanha são pontualmente atrasados... Sim, na Alemanha o pessoal que chega meio segundo mais tarde nem entra, é verdade, mas a Alemanha não é todo o Ocidente (e olhem lá que nem falei da América Latina que está no Ocidente!).

Estilo de vida:
Somos, de facto, mais reservados que os orientais. Gostamos ou fingimos gostar dessa coisa chamada "solidão". Eles, por sua vez, sabem que a realidade humana é uma realidade vivencial de relações com os outros.

Opinião:Qual é a sua?

Etiquetas: , , ,

sábado, dezembro 22, 2007

Uma prece!

Para uma época festiva, acho que poderíamos estar atento a outras religiosidades que tanto nos podem ensinar. O texto que se segue é uma prece não-cristã, que poderia ser lida em qualquer festividade espiritual.
Feliz seja o que for que queiram celebrar! O importante é que sejam felizes e encontrem sentido nessa felicidade!



Teu servo serve, e oferece preces.
Por favor, deixe-me sentar ao Teu lado, e unir-me Contigo.
És o outorgador da paz a todos os seres; por perfeito karma, meditamos acerca de Ti.
Castidade, verdade e auto-controlo vêm da prática e vivência da Verdade.
Esta mente se torna imaculada e pura, cantando os Louvores de Glória do Senhor.
Neste mundo de veneno, o Néctar Ambrosial é obtido, se apraz meu Querido Senhor.
Ele somente entende, quem Deus inspira a entender.
Cantar os Louvores de Glória do Senhor, o nosso ser interior é despertado.
Egotismo e possessão são silenciados e subjugados, e instintivamente encontramos o Verdadeiro Senhor.
Sem bom karma, outros incontáveis deambulam.
Eles morrem, e morrem novamente, apenas para renascer; não podem escapar ao ciclo do regresso.
Imbuídos de veneno, praticam veneno e corrupção, e jamais encontram paz.
Muitos disfarçam-se com trajes religiosos.
Sem o Shabad, ninguém conquistou o egotismo.
Aquele que permanece morto ainda que vivo é liberto, e emerge no Nome Verdadeiro.
Ignorância espiritual e desejo queimam este corpo humano.

Trad. de Sam do inglês de
Shri Guru Granth Sahib
Secção 25 - Raag Maaroo.

Etiquetas: , , ,

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Faz como eu escrevo, mas não faças o que eu faço...

Há um velho ditado, quase universal, que nos diz: faz o que eu digo, mas não faças o que eu faço!

Pois bem, vou-vos contar algumas das últimas do que uma certa pessoa faz e defende:
  • Há uns dias, 24 ciber-cafés e 23 pessoas foram presas, por "comportamentos imorais".
  • Jelveh Javahari e Maryam Hosseinkhah encontram-se presas por participação em protestos pacifistas.
  • Existem 123 estudantes presos, 283 jornalistas convocados a tribunal, 1735 ativistas políticos e sociais nas prisões, 1.127 trabalhadores mortos no decorrer de seus trabalhos, dos presos políticos 8 encontram-se desaparecidos, 1 morto, 3 espancados e 3 tornados deficientes, 260 pessoas foram executadas e 313 esperam execução, dos quais 6 eram menores de idade, e 8 mortos à pedrada, 24.783 prisões públicas, 3 mortes suspeitas, 8 amputados e 1 olho retirado por ordem judicial, tudo só neste ano.
  • Os números gerais de enforcamentos e execuções públicas é o maior do mundo, as suas prisões incluem tratamento de choque elétrico e espancamentos, 100 jornais foram fechados e 10 milhões de websites tornaram-se "não-autorizados", sob a sua alçada.
  • Makwan Mouloudzadeh foi executado por ter alegadamente violado de três rapazes, quando eram todos menores de idade (e os próprios negam a acusação).
  • Hostilidade e violência contra os sufis e os seus locais sagrados torna-se comum.
  • Existe uma crescente vontade governamental em atacar, particularmente, os bahá'ís, através dos mídia, impedindo-os de se manterem economicamente ou de acederem à universidade.
E agora, o que a mesma pessoa, Presidente da mesma nação que comete as atrocidades acima e, inclusive, as promove, escreve as seguintes frases publicadas recentemente:
  • "A comunidade internacional afastou-se da paz, segurança e justiça devido à má gestão de alguns de seus atores" (será algum ato de humildade, que o faz falar de si mesmo?);
  • "Esperava-se que o novo mundo permitisse a todas as nações, à luz das universalmente aceites normas humanas e mútuo respeito," (as mesmas que são cumpridas nos exemplos anteriores?) "avançasse em conjunto, erradicasse a pobreza e a injustiça," (estará a falar do seu próprio exemplo?) "e deixasse de lado memórias do passado que não eram senão guerra, derramamento de sangue, violência e tensão" (o passado, mas e o presente não é igual?);
  • "Preveniu-se ao povo americano jogar o seu próprio papel na eliminação da tirania e violência e na ajuda em trazer paz, justiça e segurança" (mas permitiu-se ao povo iraniano fazê-lo?);
  • "Irã é um membro da Agéncia Internacional de Energia Atómica e uma signatária do Tratado de Não-Proliferação Nuclear. Possui portanto o direito de combustível nuclear" (o mesmo país é membro do clube dos Direitos Humanos, daquele que firmou as mais variadas declarações sobre o tema, será que o povo iraniano não terá o direito a usufruir deles também?);
  • Ainda sobre o EUA diz que "políticas fora-de-prazo tais como ameaças e imposições de sanções somente conduzirão a mais perdas de oportunidades" (será que foi ele mesmo que escreveu isso?).
Então? Ainda alguma dúvida sobre a validade do ditado que dá nome a este texto?
Então, cá vai a pérola que, se fosse escrita por qualquer outra pessoa seria digna de marcar eternamente os anais da história humana (ao qual nem preciso comentar):

Penso que o denominador comum de todos estes problemas é a distância entre os valoros religiosos, éticos e espirituais. Com tal distância entre valores éticos e espirituais, dignidade humana, amor e bondade — que são os elementos comuns de todas as grandes religiões abraâmicas — e a moral humana e as realizações materiais e cívicas foram postas em causa. A melhor forma para evitar o fim é a ênfase em valores comuns e o desejo natural de todos os seres humanos pela perfeição, benevolência, justiça, irmandade e bondade. Esses valores podem ajudar-nos a descobrir soluções para todos os problemas que a humanidade enfrente. Paz e segurança globais e sustentáveis serão realizados somente pelo estabelecimento da verdadeira justiça e irmandade. Como poderemos esperar alcançar a paz e a segurança sustentáveis humilhando os demais e agindo em formas que se afastam dos valores éticos e espirituais?


Boa pergunta: resta saber se o Sr. Presidente Ahmadinejad, suposto autor do texto, saberia responder!!!

Etiquetas: , , , ,

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Uma década de conversão de dor

Quando há exatamente quatro anos acabei a minha licenciatura em psicologia, a sensação era estranha: a responsabilidade estava perante mim; a responsabilidade, o outro lado da moeda da liberdade. Quando há uns meses, duas supostas amigas minhas viram-me a falar com um sem-abrigo e gozaram comigo, foi esse sentimento que me regressou à mente: a responsabilidade. Claro que não me sinto responsável sobre o destino das outras pessoas, mas tenho a responsabilidade sobre o meu próprio destino e a forma como decido interagir com o destino dos demais. Eu decido o que sou, decidi quem fui, e decidirei o que fazer no momento seguinte: mais ninguém tem esse poder!

As circunstâncias e condicionantes da vida lá estão, circunstanciando e condicionando-me. A saúde, a sociedade, a matriz cultural: estão todas lá, e com elas eu faço o que quiser.

Noutro post, há já uns meses, citei Frankl que dizia que “Somente a atitude e a volição permitem-lhe dar testemunho de algo que só o homem é capaz: de transformar e remodelar o sofrimento a nível humano para convertê-lo em um serviço”.

E vejo que o sofrimento é um exemplo através do qual podemos crescer. Diz Frankl que há três vias para encontrarmos sentido em nossas vidas. A primeira através da obra criada, a segunda através do amor experenciado e a terceira aí onde o sofrimento se converte em oportunidade, na oportunidade de servir de mudança da lei, de servir de fiscalização do sistema, de consciência pública, de exemplo para outras pessoas.

Neste sentido, Odele Souza é um exemplo. Uma extremosa mãe que converteu a tragédia da sua filha Flavia no catalisador de uma nova perspectiva da realidade. Recusando-se em ruminar na tristeza do coma vigil de sua filha, converte-se num exemplo de luta e apelo. O seu blog é o espaço que, com média de visitas superior a 200, visa, sobretudo, fazer com que “o exemplo de Flavia, possa servir para evitar novas tragédias e que a solidariedade de vocês possa acordar nossa Justiça em coma. Este, profundo”.

O que se pretende fazer é aquilo que Frankl dizia: encontrar o sentido, onde ele parece não querer ser encontrado, encontrar o sentido na prevenção de novas tragédias e no despertar da Justiça.

E me pergunto: se eu, psicólogo faz hoje quatro anos, não me preocupar com a dor de uma mãe cuja filha mais nova está em coma há cerca de uma década, com quem me preocuparia?

Etiquetas: , ,

quinta-feira, dezembro 13, 2007

da Perseverança

Perseverança constante no serviço, apoiada por oração, finalmente produz resultados esplêndidos. A falta de resultados visíveis no início, ao iniciar um empreendimento importante e amplo, não deve produzir desalento. Os estágios iniciais de crescimento quase sempre ocorrem sem que os notemos, como ocorre quando uma semente germina.

Etiquetas: , ,

quarta-feira, dezembro 12, 2007

A Luta de toda a Humanidade! Obrigado a todos!

Obrigado a todos os que participaram da campanha pelos Direitos Humanos. Espero que as palavras de cada um possam se converter nas ações de todos, por uma humanidade mais justa, na qual os Direitos são Universais!

Acho que não há palavras que possam expressar a minha alegria em notar tanta gente entusiasta nesse dia, escrevendo sobre o tema: mais de 101 bloggers, cerca de 110 blogs, de 12 países dos vários cantos do mundo! Se a minha escola, como alguém disse, é a escola do Lino Resende, creio que ele estará orgulhoso!

Há uns dias antes eu ia para o buscador de blogs do google, e lá encontrava nas primeiras páginas, sob o tema “direitos humanos”, estavam notícias descritivas, dos mais diversos centros noticiosos do mundo, mas hoje, alguns dos participantes entram diretamente nas primeiras páginas da busca.

Nestes dias, 101 pessoas unidas, demonstrámos que nos preocupamos! Que enquanto uma viv’alma estiver em sofrimento, não nos deteremos, parados, impávidos e silenciosamente, mas seguiremos avante pela causa da Humanidade, por Um Mundo e dotado de Uma Vida.

Deixamos para a posteridade o facto de que, como uma única nação, a Terra pode-se unir, não importando as aparentes diferenças entre cada um de nós.

Por isso, o meu sincero obrigado a todo e cada um de vocês que de vários pontos do mundo, participaram nesta causa, que é a causa de todos.

Abaixo segue a listagem final dos participantes tendo, em frente, os links diretos para os textos escritos e uma nota sobre a temática abordada, para que possam visitar aqueles que vos possam suscitar interesse. Aproveito também para expressar a minha tristeza pela não participação de muitas pessoas que, por motivos diversos não puderam participar, e a minha decepção com aqueles que nem responderam ao apelo, porque, quiçá, ao que parece, não consideram o tema suficientemente relevante. E aos críticos, deixo a nota: a luta pelos Direitos Humanos é de todos e continuará, com todos unidos, até que todos tenhamos os nossos plenos direitos para usufruir da plenitude de nossas vidas (com verdadeiros direitos e deveres).

No Brasil participaram:

  1. Adriana do Espírita na net – com o seu texto que nos lembra a diferença entre justiça e vingança, amor de mãe e amor cego a si mesmo.
  2. Afrodite e Vénus do Caixa de Pandora – cujo texto, ao falar dos direitos humanos e da necessidade de punir aqueles que os violam, eu não me contive e deixei um desafio para reflexão.
  3. – por nos lembrar de um caso que peço aos leitores portugueses que leiam: o da Ana Virgínia.
  4. André L. Soares do Gritos verticais – que, com prosa e poesia, não nos deixou esquecer do drama do Darfur.
  5. André Wernner do Blog do André Wernner – que mostra a sua decepção no incumprimento de tantos artigos de uma alegada Declaração Universal...
  6. Andréa Motta do Leio o mundo assim… – pelos quatro textos que, sublimente, dão-nos a visão que nos falta na educação e na cultura: a visão da solidariedade.
  7. Bud do Armazem do Bud – com a crise concreta de uma gente concreta, que trabalha nos canaviais.
  8. Caco do Matemática na veia – sobretudo por lutar contra o axioma "o que os olhos não vêem o coração não sente".
  9. Cármen Neves do Só para dizer que tenho um blog – pelo texto que cita a maior tragédia humana (a violência); e deixei-lhe um desafio lá nos comentários.
  10. do Blog do Fran – pela publicidade que lembrava o orkut!
  11. Cristiane do Fragmentos de mim – cada um faz a sua parte, como ela tão bem disse, analisando o passado e potencializando um futuro pleno de sentido para todos nós.
  12. Ceci do Viver melhor – que contando uma história, nos faz pensar na possível decisão que temos em nossas vidas: sermos em interação ou termos em isolamento.
  13. Cejunior do Blog do Cejunior – em especial pela publicidade que deu ao evento e pela presença sempre constante no meu blog (ainda que seja através do googlereader, não é amigo?).
  14. Chicoelho do Verde que te quero verde – por simplesmente nos põe uma certa declaração e nos põe a pensar sobre algo que deveria ser simples fazer.
  15. Chuvinha do Sonho de uma noite… – por me ter feito recordar de um dos maiores lutadores pelo bem-estar da humanidade: Sérgio Vieira de Mello.
  16. Claudia do Ensaio de palavras – pela lembrança do dia.
  17. Dácio Jaegger do Chega mais… – sobre a existência de leis que não são aplicadas e sobre a situação degradante de crianças e mulheres, usando o exemplo recente da menina de 15 anos na delegacia do PA.
  18. Daniel Fernandes do Na boca da caverna – pela publicidade.
  19. Dashavaianas do Dashavaianas – é verdade: O nosso principal objetivo é lembrar que somos um mundo, uma vida.
  20. Didgio do Neurônios hiperativos – pelo direito à liberdade e a infância.
  21. Du do Norte – por falar no Brasil, mas por nos lembrar do Iraque, por falar do nosso papel individual mas também da constante prece a Deus para conseguir seguir avante.
  22. Eduardo P. L. do Varal de ideias – pelo texto que lembra que enquanto não amarmos a justiça, nunca seremos capazes de amar e respeitar os direitos de todos os humanos.
  23. Elisabetecunha do Encanto – vale a pena ver, nem que seja pelas imagens, pelo texto completo, pelas referências ou pelos videos, enfim, nem que seja por tudo!
  24. Enio Luiz Vedovello do Reflexões e perda de tempo – pelo texto que de perda de tempo nada tem, mas que nos lembra da existência do preconceito, a pior doença da Humanidade.
  25. Fábio Mayer do Blog do Fábio Mayer – por nos recordar que além dos direitos, existem os deveres humanos que devem ser cumpridos.
  26. Fernanda do Mãe... e muito mais – por falar da tragédia ambiental e da aparente ausência de direitos de quem nelas vive.
  27. Idéias Literárias do Apoio fraterno – obrigado pelo texto que se mostrou capaz de sintetizar todo o espírito desta blogagem.
  28. J_Rosario do Chronicles & tales unlimited (red) – que, do seu otimismo, pareceu me mostrar a esperança por um mundo que seja como um só país e que nós sejamos verdadeiros e plenos cidadãos desse país!
  29. Jackie do Ideais e idéias – pela música, pelo vídeo, pela presença sentida em cada palavra escrita, afinal de contas: quem sabe faz a hora, não espera acontecer, não é pessoal?
  30. Jeanne do Espiritizar – que nos trouxe alma à blogagem, lembrando que somos todos seres espirituais em intercomunhão.
  31. Jonice do English is cool – por nos lembrar, usando Einstein como referência, que nós somos os criadores da nossa realidade e que o nosso ego é o maior impeditivo do progresso.
  32. Juca do Lavanderia virtual – pelo belíssimo exemplo de luta e de oportunidade que nos ofertou.
  33. Larissa Tietjen do Releitura – pelos três textos que falam da história da declaração, do papel do jornalismo e o direito das mulheres.
  34. Lino Resende do Lino Resende – pela ajuda sempre presente, nomeadamente na criação dos selos, e pelo fabuloso texto sobre a verdadeira unidade na diversidade (e por ser um bom diretor de escola!).
  35. Luci Lacey do Hippos – que com tristeza nos lembra que a declaração universal é para ser cumprida e não ficar esquecida nos corredores da burocracia.
  36. Lucia Freitas do Ladybug Brasil – que nos pergunta o que acontece com o dinheiro dos nossos impostos, se não servem no caminho dos DH...
  37. Luma do Luz de Luma, yes party! – pelo texto que, coerentemente, aborda a necessidade da religiosidade mantida longe dos extremismos que corroem a própria existência social humana.
  38. Mãe Global do Mãe global – que nos projeta a um esforço de 2008, do Estado de SP.
  39. Marie do Marie* – relatando uma experiência recente que nos prova a todos que DH é fundamental para a sociedade civil, para a economia e também para cada um de nós.
  40. Mauricio Santoro do Todos os fogos o fogo – pelo relato de outra das notícias do dia: o início do julgamento de Fujimori.
  41. Menina Malvada (Ou Kaka) do Meu veneno – por lembrar que a educação é a pedra fundamental do nosso progresso e que o nosso progresso é devido aos humanos direitos que lutam pelos direitos humanos de todos.
  42. Odele Souza do Flavia, vivendo em coma... e Oficina de palavras – que nos conta as dores de ver um ser humano em sofrimento esquecido pela sociedade!
  43. Osc@r Luiz do by Osc@r Luiz e Flainando na web – por compartilhar conosco videos que nos esclarecem a história mas, sobretudo, a importância dos DH.
  44. Orlando Stampacchio do Cantinho do Landinho – o único que não pude comentar (não tenho os logs necessários!), por isso o
  45. Pat do Pinkareta – que nos lembra de uma arma fundamental da nossa luta: a comunicação social!
  46. Pedro Freire Filho – como tão bem disse: esta causa é de todos nós!
  47. Rafael Sarmento do Troféu Joinha e Amigos da blogosfera – que, com firmeza e serenidade, nos trouxe o regresso à infância ou, melhor, um pedido de nova ordem.
  48. Renata do Devaneios e desabafos – vale a pena ver a advertência do Calvin ao Hobbes!
  49. Ronald do Blog do Ronald – pela forma correta e polida que descreve as origens e desventuras dos Direitos Humanos.
  50. Ru Correa do Other side – por nos lembrar que os DH também se vivem nas escolas.
  51. Samantha Shiraishi do A vida como a vida quer – pela participação, ainda que de longe, mas pelo entusiasmo com que apoiou esta causa desde o início.
  52. Sérgio/Histórias & Cotidiano do Todo seu! – que nos traz os números do aborto e o apelo ao direitos de quem nem chega a ver a luz do dia.
  53. Silvano Vilela do Plugbr – que nos lembrou da exploração sexual que é, bem provavelmente, a mais horrenda: a dos menores.
  54. Titão do Príncipe Tito – por provar que uma imagem fala mais claramente que muitas palavras.
  55. Veridiana Serpa do 30 & alguns – pelo video tão bem montado, com imagens que todos nós deveríamos conhecer.
  56. Vinicius Cabral do Papibaquígrafo – que alerta aos amantes dos DH: a vítima merece da violação dos DH merece toda a nossa atenção e apoio.
  57. – pelo direito à comunicação.
  58. Xico Lopes do Blogvisão – com um post que demorei a encontrar, mas que nos traz um exemplo de campanha pelos Direitos Humanos fora da ciberesfera.
  59. X do [ – estabelecendo paralelos entre o Myanmar e o Iraque: onde estão os direitos de seu oprimidos?
Sobre Portugal: gostaria de destacar a presença destes bloggers, pois considero ser um facto inédito. Parece que o ano de 2007 fez com que a expressão blogagem colectiva passasse o mar-oceano que nos separava:
  1. Almaazul do Meu país azul – "não percam tempo" diz a autora e façam algo, obrigado por dizeres isso, minha amiga querida!
  2. Ali_Se do Ali_Se – que conjuga a arte das sombras, com a realidade da educação.
  3. Amigona Avó e Neta Princesa do Instantesdavida – pelos mais diversos textos que demonstram verdadeira preocupação por esta causa.
  4. Bentes, Miguel Montes e Muffi do Sem imagens – com três belas imagens.
  5. Dad do Momentos de luar – que merece que eu repita uma das mais marcantes frases da minha vida, postadas no seu blog: Que não se vanglorie quem ama seu próprio país, mas sim, quem ama o mundo inteiro. A terra é apenas um país, e o gênero humano, seus cidadãos.
  6. Dragonfenix do Mexe no Peixe – pelo coração que deu à blogagem, lembrando-nos que os direitos humanos só poderão existir se os humanos souberem viver numa sociedade dotada de ser e amor.
  7. Fátima André do Revistar a educação – com fotos (é como nos jornais, não são cenas para os mais sensíveis!) que nos fazem pensar se somos mais um demónio ou um anjo.
  8. – por dois belos poemas que merecem ser lidos.
  9. ISM do Semicírculo – pela visão dotada de pragmatismo, sobre a responsabilidade dos estados soberanos em proteger a soberania das pessoas e a soberania de outros estados.
  10. Je vois la vie en vert do Je vois la vie en vert – que cita o primeiro artigo fundamental da Declaração Universal dos DH.
  11. João Moutinho do A paz universal – com a sua preocupação com a escravatura humana (um passado que não é assim tão longínquo!).
  12. Lita do Pequenos pormenores – com o texto que lembra que de todos os Humanos com Direitos as crianças são as que mais deles precisam.
  13. Luz Dourada do A luz do dia e da noite – por ser um espaço que nos remeteu a um bom texto.
  14. Maria Lagos do Mulheres na nova era – idem anterior.
  15. Mei & Chihiro do Butterflies en faries – pela publicidade à campanha e à Neptuna.
  16. Neptuna do Neptunices – pela ajuda nos bastidores, pela publicidade e pela análise do vasto conteúdo de um único artigo da Declaração: o 3º.
  17. Olavo do Comentários de passagem – que nos lembra que em cada um de nossos gestos está a nossa luta pelos DH.
  18. Peanut do Peanut – pela frase de Gandhi e por ter feito o seu blog nascer nesse belo dia!
  19. Quemteclanaochora do Micazinha – obrigado pelas imagens e pelas frases por baixo delas (a minha favorita é a primeira imagem)
  20. X-Man do Pulguedo – ao falar da aparente falta de interesse de alguns líderes em debater a verdadeira necessidade humana: direitos e paz.
  21. Zeca do Plagiadíssimo III – pela excelente publicidade.
Em Moçambique:
  • Clandestino do Clube de malandros – por ser o nosso representante das Áfricas e pela contínua publicidade que deu à campanha (espero que daqui a um ano tenhamos mais pessoas de Moçambique, de Angola, de S. Tomé e Príncipe, de Cabo Verde, de Guiné Bissau, ...).
Na França:
  • Maria Augusta do Le Jardin Éphémère – com uma bela metáfora sobre os sistemas de liderança mundial, utilizando a obra de Orwell.
  • Pedro Fontela do Inbetween – que participa com uma crítica a alguns estilos de liderança política, religiosa e económica, lembrando-nos que a responsabilidade da luta pelos DH a cada um de nós.
Na Itália:
  • Meiroca do Pensiere e Parole – por nos lembrar que um minuto de reflexão consciente vale mais que muitos minutos em campanhas: grazie per il tuo aiuto!
Na Alemanha:
Na Holanda:
  • Francy e Carlos do Cenas do cotidiano – que me fizeram pensar sobre a dicotomia entre direitos universais e direitos específicos de cada sociedade, cultura e época.

E talvez de Timor:

  • Fábrica dos Blogs do Timor Lorosae Nação – pela publicidade e por simbolizarem, na sua lista de autores, a conjunção humanitária de todo o idioma português, como verdadeira nação de unidade.

E, como o idioma não é um impedimento, do Perú, o Susana Frisancho nos escreve a partir do seu Blog, linkando duas revistas científicas sobre a educação para os valores: afinal de contas, no hay derechos humanos si no hay educación humana: una vez más, Susana, ¡muchísimas gracias! De Espanha, mí querida amiga Virgínia, que, testadura o genial (no sé! de ti nunca sé!), me ha enseñado una cosa fundamental: Todo día es dia de derechos humanos!

E, em inglês, do EUA do Reino Unido John Barnabas. Each one of you made this day special, by writing about such important thematics. Once more, thank you very much for your presence! Next year we must make this activity broader to english-spoken participants. And thank you to , that I am not sure if ever got my email, but that decided to give everyone a good text on this matter.

Aos participantes garanto adicioná-los ao meu googlereader (exceto os blogs do domínio *.uol, porque, simplesmente, não consigo: alguém sabe me explicar como posso dar a volta ao sistema?) e tentar manter um contato mais real convosco, numa troca de ideias sempre frutuosa!

Foi um prazer estar neste empreendimento convosco e, até breve!



Outros participantes: Marco, Zealfredo, Fátima, Simone Zellner, Marlene M, Sergio Nasto, Rosamaria, Blondie, Adriana.

Etiquetas: , , ,

terça-feira, dezembro 11, 2007

Maya Angelou - Família Humana

Aqui vai a minha contribuição à blogagem organizada organizada pelo Ricardo Rayol.
Para mim, é muito simples: se a internet não existisse, eu não poderia "publicar" esta tradução de um brilhante poema, ou outras tentativas de traduções.


Eu noto óbvias diferenças
na humana família.
Alguns somos sérios,
outros atraídos pela alegria.

Alguns declaram que suas vidas são vividas,
como verdadeira profundidade,
e outros clamam que realmente viveram
a verdadeira realidade.

A variedade de nossos tons de pele
deixa confundido, admirado, aturdido,
marrom e rosa e bege e púrpura
moreno e azul e lívido

Naveguei pelos sete mares
e parei em todo lugar,
vi as maravilhas do mundo
e ainda nem um homem vulgar.

Conheço dez mil mulheres
que Maria e Mariana são chamadas,
mas não vi quaisquer duas
que fossem realmente igualadas

Espelhos duplos são diferentes
apesar de seus traços motejados,
e amantes pensamentos bem diferentes pensam
enquanto deitados lado a lado.

Amamos e perdemos na China,
sobre as amarras da Inglaterra choramos,
e rimos e lamentamos em Guiné,
e na costa de Espanha prosperamos.

Buscamos sucesso na Finlândia
em Maine nascemos e morremos.
em coisas menores diferimos,
nas maiores nos parecemos.

Eu noto óbvias diferenças
entre cada forma e tipo,
mas somos mais iguais, meus amigos,
que desiguais.

Somos mais iguais, meus amigos,
que desiguais.

Somos mais iguais, meus amigos,
que desiguais.

Maya Angelou.
Trad. por por Sam,
do original inglês Human Family (2004).

Etiquetas: , , , ,

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Um Mundo, Uma Vida, e muitas vozes!

A verdadeira civilização desfraldará sua bandeira no íntimo do coração do mundo onde quer que um certo número de seus distinguidos e
magnânimos soberanos
– os brilhantes exemplares de devoção e determinação
erguerem-se, pelo bem-estar e a felicidade de toda humanidade,
com resolução firme e visão clara,
a fim de estabelecerem a Causa da Paz Universal.
Eles devem fazer da Causa da Paz o objeto de consulta geral
e buscar, por todos os meios em seu poder,

estabelecer uma União das nações do mundo.

Foi com esta afirmação em mente, do sábio persa 'Abdu'l-Bahá (1844-1921), que dei início a uma campanha pelos Direitos Humanos, aberta a qualquer pessoa. É do “íntimo do coração do mundo” que cada uma das mais de 91 pessoas (daqui a um ano seremos o dobro!, mas depende de cada um de vocês) que participaram desta campanha de blogagem coletiva se ergueram pela Causa da Paz Universal, através de uma “consulta geral”, onde cada um utilizou a sua forma de ser, de pensar e fazer para libertar um pouco de sua energia pela “União das nações do mundo”: União com “U” maiúsculo!

Não falamos numa união irrisória e política, mas de uma união tal que os seus resultados sejam o próprio bem-estar da humanidade, a sua paz e segurança. Os Direitos Humanos são uma causa abandonada e continuamente esquecida nos corredores de reuniões e acordos internacionais, em arquivos num ou noutro gabinete e, enquanto todos não adquirirem as liberdades e oportunidades necessárias para poderem usufruir de responsabilidade e deveres adequados, a Unidade não será estabelecida e a paz, a segurança e o bem-estar não serão alcançados.

A Humanidade parece, cada vez mais, implorar pelo fim de seu “martírio secular”, para poder, finalmente alcançar “o distintivo da etapa da qual a sociedade humana atualmente se aproxima”:

A unidade de família, a de tribo, a de cidade-estado e a de nação foram sucessivamente tentadas e completamente estabelecidas. A unidade do mundo é agora a meta à qual a humanidade, em sua aflição, dirige seus esforços. O processo de formar nações já chegou ao fim. A anarquia inerente à soberania estatal aproxima-se de um clímax. Um mundo marchando para a maturidade deve abandonar esse ídolo, reconhecer a unicidade e a integridade das relações humanas e estabelecer, de uma vez por todas, os intrumentos que melhor possam concretizar este princípio fundamental de sua vida (Shoghi Effendi, World Order).

Assim, podemos dizer que, a partir de hoje, o exército de seres humanos de várias etnias, religiões, culturas, nações e idiomas constituiu uma verdadeira fonte de unidade mundial, através do empenho de vários autores com textos que tentavam suplantar as três dimensões da realidade humana (definidas por Viktor Frankl): espiritual, mental e física, assim como da social.

Esta e outras campanhas semelhantes são provas convincentes da viabilidade de um mundo unido e uma sociedade global, pois provámos estar à altura dos desafios que converterão a jovem humanidade, numa Humanidade dotada de plena maturidade!

Muito obrigado a, por ordem de adesão na campanha, todos os bloggers de idioma português que assumiram participação (versão das 21h):
Lino Resende, Eduardo P. L., Du, Silvano Vilela, Ceci, Osc@r Luiz, Sérgio/Histórias & Cotidiano, Ronald, Cejunior, Neptuna,
Chuvinha, Daniel Fernandes, Dragonfenix, Afrodite e Vénus, Ru Correa, Titão, Ali_Se, Fábio Mayer, Samantha Shiraishi, Fernanda, Chicoelho, Andréa Motta, Jeanne, Adriana, Caco, , Juca, Xico Lopes, Francy e Carlos, Lita, Dad, Pedro Fontela, Mauricio Santoro, André Wernner, X-Man, Cármen Neves, Roseanne, Bentes, Miguel Montes e Muffi, Maria Augusta, André L. Soares, Lucia Freitas, Luz Dourada, Maria Lagos, Wanderley Garcia, Carlos Fran, Vinicius Cabral, XJe vois la vie en vert, Cristiane, Odele Souza, Renata, Jackie, Amigona Avó e Neta Princesa, Pedro Freire Filho, Mãe Global, Peanut, Olavo, Larissa Tietjen, Dashavaianas, Quemteclanaochora, Didgio, , J_Rosario, Mei & Chihiro, Elisabetecunha, Orlando Stampacchio, Bud, Almaazul, Veridiana Serpa, João Moutinho.
(se me esqueci de alguém, por favor, avisem-me).
E, o meu obrigado também pelo plágio do Zeca.

Muchas gracias Susana Frisancho, por tu participación.

And thank you very much for your participation in this campaign:
John Barnabas
,

Obrigado também a toda a publicidade feita nos mais diversos blogs, ao texto publicitário no grupo google, a todos os que aderiram ao grupo facebook e aos meus amigos orkuteiros que participaram.

Etiquetas: , , , , , ,

domingo, dezembro 09, 2007

Alguém se lembra?


Uma figura marcante da literatura, quase ou nada conhecida pelos lados onde vivo, que hoje faz 30 anos que não mais se encontra entre nós.

Alguém se lembrou?

Etiquetas: ,

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Bem-vindos à Somália!

No dia em que os meios de comunicação social europeus deveriam dar especial destaque à Cimeira União Europeia – África, gostaria de dar destaque a um tema que creio que, dificilmente, terá destaque nessa reunião.

Há uma tragédia humanitária que poucos de nós conhecemos e que, por isso mesmo, merece toda a atenção dos olhos do mundo para que algum dia, quem sabe, os olhos dos líderes o vejam e resolvam agir. Aqui segue a sua descrição:

  • Dez anos de existência;
  • 700 mil deslocados;
  • pelo menos 70 campos de refugiados construídos com ramos de árvores e coberturas de plástico;
  • Taxa de subnutrição de 19% (quando o limiar crítico é de 15% e o Darfur tem 13%);
  • Inundações;
  • Secas;
  • Pragas de gafanhotos;
  • Minas;
  • Assassínios quase diários, num total de cerca de 600 mil só este ano.

Bem-vindos à Somália!

A maioria de nós lembra-se do conflito através do filme Black Hawk Dawn, que relata o abatimento de dois helicópteros Black Hawk em Mogadíscio e o massacre de soldados estadunidenses, cujos cadáveres foram, posteriormente, exibidos pelas ruas da cidade. Com isso, a intervenção internacional desapareceu quase que instantaneamente, após um ano de presença e três de derrube do Governo pelas milícias dos clãs, em 1991.

Vive-se hoje, na Somália, aquilo que, porventura, poderíamos descrever como a pior crise humanitária do presente. Ninguém está a salvo, nem os trabalhadores humanitários (como o caso recente de um humanitário estrangeiro e um guarda somali abatidos num centro de distribuição de ajuda de Afgooye).

A comunidade internacional reúne-se em paz na cidade de Lisboa, mas na Somália o governo de transição, indigitado com a ajuda do EUA há cerca de um ano, vê-se incapaz de conter a insurreição sistemática de um suposto islamismo, claramente inadaptado aos tempos de hoje.

Já a União Africana que havia prometido 8 mil soldados, devido a outra tragédia humana – a do Darfur – relocalizou 26 mil de seu contingente militar e só pôde enviar 1.600 ugandeses.

Pergunto-me, enquanto a SIC ontem tentava explicar/brincar com o nome de Qadafi, será que esta ou outra emissora televisiva da atual capital europeia é capaz de chamar a atenção para este drama? Será que os meios de comunicação social irão lembrar aos líderes? Ou, à semelhança do Darfur, há uns 4 anos atrás, deixaremos a tragédia correr até que seja tarde demais?

Para quem quiser saber mais, uma sugestão.

Etiquetas: , , , , , , , ,

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Contagem decrescente para o dia dos Direitos Humanos


Como é do conhecimento de muitos, no dia 10 de Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, estarei promovendo, com a ajuda de todos, uma campanha de nome Um mundo, uma vida.

No nosso grupo do facebook poderão encontrar a listagem de todos os blogs cujos proprietários aderiram à causa. São, até ao momento, cerca de 60 blogs, localizados em vários países do globo, alguns dos quais nem são de língua portuguesa!

Para todos aqueles que perguntam como poderão participar, nada melhor que citar o Cejunior que tão bem explica o conceito:

Você estuda o tema, prepara um post caprichado, cola o sêlo da campanha e visita todos os blogs participantes aprendendo muito sobre o assunto e fazendo novas amizades.


No final do dia, vem aquela sensação boa de dever cumprido, de ter ajudado de alguma maneira, de ter um blog que, por pouco que seja, foi uma voz somada a uma boa causa.

A campanha não implica a presença constante num ou noutro blog, mas a demonstração massiva de que nos preocupamos com a vida de nossos companheiros tão humanos quanto nós. Pois somos como os dedos da mesma mão, os membros de um só corpo, e quando um destes dedos ou um destes membros encontra-se em dor, todo o equilíbrio do corpo é alterado nalguma forma de apoio.

E se não tiverem blogs, mas tiverem orkut, hi5, facebook, ringo e tantas outras dessas redes sociais, fica aqui a sugestão para o dia 10 de Dezembro:
  1. Colar os selos (quantos quiserem) nas vossas fotos;
  2. Colar alguma foto que marque a luta individual de cada um de nós pelos Direitos de toda a Humanidade;
  3. Colocar algum vídeo que demonstre o apelo pelos Direitos Humanos;
  4. Escrever alguma coisa sobre o assunto.
As possibilidades são sempre muitas e até a utilização do messenger será benvinda!

Qualquer opção e todas as demais possibilidades são possíveis, tendo sempre em mente que se trata de uma campanha social, portanto evite usar termos com os quais outras pessoas possam sentir-se ofendidas.

Assim, quem sabe, possamos marcar a nossa posição pela defesa de um direito básico da espécie humana, assim como as nossas diferentes posições pela defesa de diferentes direitos humanos.

Vamos, então, fazer uma blogagem coletiva e juntar os blogs em um tema que, no final, afeta nós todos e no dia a dia.

Obrigado a todos e confirmem presença!

Etiquetas: , , , ,