Ontem, dia memorável de se lembrar...
Geralmente um dia memorável é um dia que fica na memória e que cedo não se esquece.
E o dia de ontem foi desses.
Vamos aos paradoxos do dia.
Há um ano que tenho a nacionalidade portuguesa, pensava, há um ano, que deixaria de ser imigrante, mas continuo a sentir-me migrante neste país de mescla genética (povos ibéricos, nórdicos, latinos e árabes se juntam na miscelânea que se poderia chamar "raça portuguesa").
Há muitos anos que me sinto europeu , mas desde ontem, tendo nascido na América do Sul, acho que não posso continuar a sentir, ou pelo menos deveria ter alguma vergonha disso. Sugiro a leitura da lei (cuja criação percebo, mas cujo teor é abtruso) sobre o repatriamento de imigrantes sem documentação. Sugiro a nota do eurodeputado Miguel Portas, a reação da Adital, do Uruguai e da Bolívia, e de associações europeias.
Participei também do lançamento da Revista Nova Águia, que parece se guiar por ideias que não são nem de esquerda nem de direita, nem de baixo nem de cima, mas que, simplesmente, são ideais justos e nobres. A revista articula questões de humanismo, assim como de literatura, tentando fazer-se mote de debates sociais e civis nos países de língua portuguesa.
Também houve o aniversário do meu pai, cidadão trabalhador, bahá'í nascido no Irã, país de revolução islâmica, aonde os 300 mil bahá'ís são presos e perseguidos, conforme tenho mencionado neste blog.
Fazia 25 anos ontem que foram mortas 10 mulheres bahá'ís, dos 17 aos 57 anos de idade, sob a pena de serem: mulheres e bahá'ís.
As aventuras do dia foram muitas. As memórias que o dia de ontem me trarão manter-se-ão por bastante tempo. Afinal de contas, não é todos os dias que há tanta coisa que lembrar: a minha nacionalidade, os imigrantes e as mortas sem razão.
Ao menos tive um lançamento de revista e uma festa!
Ao menos eu tive algo.
Resta saber os que nada têm...
E o dia de ontem foi desses.
Vamos aos paradoxos do dia.
Há um ano que tenho a nacionalidade portuguesa, pensava, há um ano, que deixaria de ser imigrante, mas continuo a sentir-me migrante neste país de mescla genética (povos ibéricos, nórdicos, latinos e árabes se juntam na miscelânea que se poderia chamar "raça portuguesa").
Há muitos anos que me sinto europeu , mas desde ontem, tendo nascido na América do Sul, acho que não posso continuar a sentir, ou pelo menos deveria ter alguma vergonha disso. Sugiro a leitura da lei (cuja criação percebo, mas cujo teor é abtruso) sobre o repatriamento de imigrantes sem documentação. Sugiro a nota do eurodeputado Miguel Portas, a reação da Adital, do Uruguai e da Bolívia, e de associações europeias.
Participei também do lançamento da Revista Nova Águia, que parece se guiar por ideias que não são nem de esquerda nem de direita, nem de baixo nem de cima, mas que, simplesmente, são ideais justos e nobres. A revista articula questões de humanismo, assim como de literatura, tentando fazer-se mote de debates sociais e civis nos países de língua portuguesa.
Também houve o aniversário do meu pai, cidadão trabalhador, bahá'í nascido no Irã, país de revolução islâmica, aonde os 300 mil bahá'ís são presos e perseguidos, conforme tenho mencionado neste blog.
Fazia 25 anos ontem que foram mortas 10 mulheres bahá'ís, dos 17 aos 57 anos de idade, sob a pena de serem: mulheres e bahá'ís.
As aventuras do dia foram muitas. As memórias que o dia de ontem me trarão manter-se-ão por bastante tempo. Afinal de contas, não é todos os dias que há tanta coisa que lembrar: a minha nacionalidade, os imigrantes e as mortas sem razão.
Ao menos tive um lançamento de revista e uma festa!
Ao menos eu tive algo.
Resta saber os que nada têm...
Etiquetas: Bolívia, Direitos Humanos, Efemérides, Europa, Unidade Mundial, Uruguai
3 Comentários:
É tem coisas que marcam a gente pra sempre, assim como tem coisas que são deletadas pra sempre também.
Deixo aqui mesmo atrasado minhas saudações efusivas.
Parabéns por estar "oficialmente" há um ano a enriquecer a cultura portuguesa e consequentemente a europeia, mas já sabíamos que o fazia há mais tempo.
Outra curiosidade: Também andei a espreitar o lançamento da Revista Nova Àguia, e fiquei agora a saber que fez parte do lançamento. Cheguei lá via do Acordo Ortográfico. Também fiquei aqui com o link para voltar a ver do que se trata e uma coisa constatei, tem por lá gente de muito calibre na nossa praça, mas nem todos favoráveis ao acordo. Uma coisa não gostei, do título!...
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