Blogosfera, a verdadeira Aldeia Global
Em texto anterior menciono o facto da blogosfera ser tida como centro sem lugar, em hiperlugar até, aonde a unidade da humanidade é feita realidade, aonde pessoas que residem, fisicamente, num ponto do mundo, em contacto com pessoas, noutros pontos, em amizades nunca antes imiginadas.
O autor do texto original no qual me baseio, Marino Niola, compara a blogosfera a uma aldeia, onde cada um de nós tem uma casa com as portas abertas. Diz ele que se trata de uma aldeola "monofamiliar onde se deixa sempre aperta a porta de casa porque aquele que desejar poderá entrar e tomar um café". Para ele, a blogosfera é a tradução em realidade de uma "mitologia comunitária na língua da web, a declinação imaterial da socieadde cara a cara: a nostalgia da terra à medida do homem num download".
Assim, começam as ideias em conjunto. O autor não fala, mas não ficaria espantado com a ideia de blogagens coletivas, quando bloggers distintos se unem e assim renascem "da linguagem em comum e vivem da linguagem". Por isso a blogosfera é "um regime democrático, onde qualquer um é opinante na liberdade das opiniões, sem hierarquia de posições, sem regras, sem o peso da autoridade". Aonde cada um é aquele que escreve, é um interlocutor do blogger ao lado, uma pessoa dotada de verdadeira capacidade de intervenção, caso assim o deseje.
Talvez por isso países como o Brasil e o Irã tenham tamanha taxa de participação na blogosfera. Talvez por isso, diz o autor, a blogosfera "é a nova utopia da liberdade e da igualdade. Compensação simbólica ao malestar atual da democracia em carne e osso".
Etiquetas: Blogs, Unidade Mundial
2 Comentários:
SAM,
vou levar a 2º parte!
Obrigado e abçs
Viva, Sam!
Servi-me do post do Eduardo Lunardelli para, ontem, abordar eu também este tema no meu blog "O Sítio do Ruvasa 2 - O Homem, produto de si próprio".
O post tem o título "A Blogosfera e o relacionamento humano" e está aqui:
http://ruvasa2a.blogspot.com/2008/08/1691-sinalizao-de-blogs.html
Numa segunda passagem pelo post do Eduardo, há momentos, notei algo que então me passara despercebido, ou seja, que ele fazia referência igualmente a post seu, caro Sam.
Por me parecer devido, venho do facto apresentar-lhe desculpas, pela omissão, dizer-lhe que o seu post, que já li, é, na verdade, muito certeiro e com excepcional a propósito e assegurar-lhe que, em adenda ao meu escrito vou, à semelhança de outra circunstância, dar a Sam o que de Sam é.
Abraço
Ruben
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