quarta-feira, junho 27, 2007

II Congresso "Futuro da Europa"

Acabo de regressar do Debate decorrido no II Congresso Nacional sobre o Futuro da Europa. Deu-se corpo a um debate aberto e sereno acerca das diversas realidades da Europa. Com intervenções variadas e com visões claramente diferentes do mundo, percebeu-se, através das intervenções que constam em acta e dos conferencistas convidados, que o mundo europeu se baseia num único conceito: o de Unidade na Diversidade.

Este conceito foi citado desde a primeira sessão até à última, com intervenção destacada do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que afirmou: “é essa marca de unidade na diversidade que caracteriza o projecto europeu”.

Chamou-me a atenção na medida em que ninguém defendia a homogeneização da Europa nem a possibilidade da manutenção da diferença: falava-se em unidade na diversidade, um conceito que, tanto quanto sei, foi mencionado pela primeira vez por Mirzá Husayn 'Ali Nuri no Século XIX.

“Que evitemos a terra da negação e nos aproximemos do oceano da aceitação, de modo a percebermos – com os olhos purificados de todos os elementos discordantes – os mundos da unidade e da diversidade, da variação e da uniformidade, da limitação e do desprendimento, e alçarmos voo para o mais alto e íntimo santuário do sentido interior” dizia, o cognominado Bahá'u'lláh numa carta, em 1862.

O conceito de unidade na diversidade, promulgado aqui é o mesmo que está a ser experimentando pelos povos do mundo, que dão o passo à maioridade humana, uma maturidade da raça humana que terá como plena expressão o princípio da unidade na diversidade.

A Europa converte-se, assim, no pivot dessa mudança. As Nações Unidas, uma pseudo-descendente da falecida Liga das Nações, e tantas outras instituições internacionais são agentes dessa mudança, destes passos na direcção da consolidação do processo social humano. Das tribos aos clãs, das cidades-estado aos países e, agora, caminhando para um mundo estruturado, uma entidade orgânica única, uma super-potência humana, liderada por seres humanos e não por estruturas, e sobretudo gerido para o bem-estar da humanidade, para a sua paz e segurança.

A União Europeia é o tubo de ensaio, é só um exemplo, um archaeopteryx entre as Nações Independentes e a Terra como um só país. Vejamos!

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1 Comentários:

Blogger João Moutinho disse...

Voltamos à teoria da Evolução.
O Mundo está em constante mutação. A própria noção de perfeição e de caminha para a felicidade também se vai alterando. Já não é um lugar longíquo e estático mas antes uma procura em constante mudança.

27 junho, 2007 11:44  

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