A minha pátria é a língua portuguesa
A minha pátria é a língua portuguesa, já dizia um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Não dizia ele "português do Brasil" ou "português de Angola", tampouco dizia "português de Trás-os-Montes" ou "português dos Açores", dizia, simplesmente, "português".
Essa é a pátria de 230 milhões de seres humanos por todo o mundo. Bem, na realidade um conjunto de oito (ou mais) pátrias que poderão se unir, não se tratasse de um esforço conjunto.
O Blog da Embaixada de Portugal no Brasil transcreveu, há uns dias, o texto publicado no Jornal O Estado de São Paulo acerca do tema do acordo ortográfico, no qual pode-se ler que "O fim do trema está decretado" e que "A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y". O acordo deverá vigorar somente a partir de 2008, como resultado da decisão da CPLP de que tal ocorreria apenas "quando três países ratificassem o acordo (...). O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro".
O que me intriga é como é que a decisão de três países (ainda que como resultado de acordo dos oito) possa sobrepor-se aos demais cinco (uma maioria). Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e o recém-nascido Timor Leste não o ratificaram (nem o ractificaram), mas deveriam participar no processo.
Então, o que será feito? Esperar-se-á uma participação unívoca e focada, um esforço concentrado e conjunto ou apenas uma decisão unilateral de âmbito idiomático? É que, como disse o Presidente da Academia Brasileira de Letras, no mesmo artigo, "Hoje é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e do Brasil. Não faz sentido". Com a aproximação humana, e a globalização da civilização, não seria esse o primeiro passo? O passo para ultrapassar as barreiras idiomáticas que separam as nações para podermos, por fim, ultrapassar as demais barreiras que nos separam mais do que nos aproximam?
Afinal de contas, quando é que veremos a Terra como um só país e, consequentemente, com um só idioma? Demos nós, os da pátria linguística portuguesa, o primeiro passo.
Essa é a pátria de 230 milhões de seres humanos por todo o mundo. Bem, na realidade um conjunto de oito (ou mais) pátrias que poderão se unir, não se tratasse de um esforço conjunto.
O Blog da Embaixada de Portugal no Brasil transcreveu, há uns dias, o texto publicado no Jornal O Estado de São Paulo acerca do tema do acordo ortográfico, no qual pode-se ler que "O fim do trema está decretado" e que "A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y". O acordo deverá vigorar somente a partir de 2008, como resultado da decisão da CPLP de que tal ocorreria apenas "quando três países ratificassem o acordo (...). O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro".
O que me intriga é como é que a decisão de três países (ainda que como resultado de acordo dos oito) possa sobrepor-se aos demais cinco (uma maioria). Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e o recém-nascido Timor Leste não o ratificaram (nem o ractificaram), mas deveriam participar no processo.
Então, o que será feito? Esperar-se-á uma participação unívoca e focada, um esforço concentrado e conjunto ou apenas uma decisão unilateral de âmbito idiomático? É que, como disse o Presidente da Academia Brasileira de Letras, no mesmo artigo, "Hoje é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e do Brasil. Não faz sentido". Com a aproximação humana, e a globalização da civilização, não seria esse o primeiro passo? O passo para ultrapassar as barreiras idiomáticas que separam as nações para podermos, por fim, ultrapassar as demais barreiras que nos separam mais do que nos aproximam?
Afinal de contas, quando é que veremos a Terra como um só país e, consequentemente, com um só idioma? Demos nós, os da pátria linguística portuguesa, o primeiro passo.
Etiquetas: Brasil, Comunicação, CPLP, Fernando Pessoa, Portugal, Unidade Mundial
1 Comentários:
A ver se é desta.
A ver se passamos aos a(c)tos.
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