sábado, agosto 11, 2007

Educação, um direito de todos... ou talvez não

Vindo de uma cultura na qual a educação é vista como necessariamente compulsória, não consigo entender algumas notícias que me chegam diariamente.

Numa das notícias leio que profissionais estaduais iranianos, entros os quais professores, marcaram o dia do trabalhador com um tumulto agressivo, tendo 15 deles sido presos na província do curdistão iraniano. Na mesma notícia relata-se que 143 estudantes tiveram os seus cursos suspensos por decreto e 94 estudantes bahá'ís foram privados da educação.

O Human Rights Watch exigiu a libertação imediata de 19 estudantes presos (outros seis já foram libertados), com confissões retiradas sob coacção, uma metodologia clássica da prisão de Evin. Quem lá esteve, provavelmente, contará a mesma coisa: interrogatórios ininterruptos de
24 horas, privação de sono, ameaças físicas aos prisioneiros e às respectivas famílias, espancamento com cabos e socos, e obrigados a ficar de pé por longos períodos de tempo.

Washington Araújo, citando outra fonte, afirma: "Os jovens bahá´ís iranianos que tentaram matricular-se em institutos técnicos e vocacionais foram definitivamente barrados de admissão ao próximo ano acadêmico", através de um sistema que é "também contra qualquer outro estudante iraniano que esteja sendo igualmente rejeitado em sua intenção de entrar em uma universidade, o que ocorre sob várias justificativas totalmente incabíveis, como se expressarem publicamente contra crenças ou opiniões que não tenham sanção oficial". No ano passado 200 bahá'ís entraram, devido a pressões internacionais sobre o governo, mas pelo menos 128 foram expulsos ao terem sido identificados por funcionários universitários como bahá'ís.

Para mim essas situações não deveriam ocorrer senão no campo da ficção!
Pois, estudante é aquele que sonha com o futuro, é aquele que tenta criar o futuro, é aquele que, indignado com o presente, investe no futuro.
Estudante não deve olhar sobre o seu ombro... Deve, sim, ser dado os instrumentos para que possa criar uma civilização em contínuo progresso.

Isso, sim, me parece ser a definição de estudante!

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