domingo, março 30, 2008

Novos congressos, novas formas de ver a psicologia


Quando começamos os estudos e vamos a um Congresso a nossa capacidade de percepção e entendimento é uma. Fascinamo-nos com tudo o que ouvimos e vemos, queremos aprender mais e mais. Achamos que algum dia poderemos ser como aqueles professores, doutores, mestres, profissionais que estavam ante nós, falando dos mais diversos e variados temas.

Quando acabamos os estudos, acreditamos que ainda não somos capazes de ser um daqueles que vimos. Continuámos indo a um e outro congresso, apenas ouvindo o que nos dizem. Até que alguém nos chama a atenção para começarmos a ter coragem de ser livre das amarras e avançarmos com força com as nossas capacidades.

Pelo menos esta foi a minha história. Desde que o Professor Juan Mosquera deu-me este conselho que avancei e, congresso após congresso fui apresentando pequenos trabalhos. Primeiro no II Debate Nacional sobre o Futuro da Europa, aonde apresentei um curto trabalho como psicólogo preocupado com a integração dos imigrantes. Depois no II Congresso Familia, Saúde e Doença, aonde o tema estava focado para um público menos político e mais a nível da intervenção psicológica. E, por fim, no congresso de logoterapia em Roma, aonde me senti plenamente em casa, e aonde apresentei o mesmo tema, arrojando mais um pouco: comecei a apresentar a minha ideia de integração entre duas escolas de psicoterapia: a Logoterapia e o modelo Sistémico.

Há algumas horas acabou o Congresso da Federação Internacional de Terapia Familiar e, sem sombra para dúvidas, sinto-me feliz por poder ter sido o primeiro a falar de Logoterapia em seu seio.
Mas, para além de ter sido capaz de apresentar as minhas ideias, articulando autores como Maturana, Heidegger, Sartre, Frankl e Ludewig, senti que de facto, cada momento de nossas vidas, sentimos e somos de uma forma distinta dos nossos momentos anteriores: não somos mais quem eramos anteriormente, as nossas necessidades e as nossas capacidades vão-se articulando e alterando, adaptando-se às nossas vidas e às suas novas circunstâncias.
Se ontem me sentia incapaz de compreender os ponentes e maravihava-me com suas capacidades oratórias, hoje sinto-me em júbilo por ter sido capaz de fazer uma leitura das ótimas prestações dos oradores, sendo capaz de utilizá-las na minha própria prática profissional.

Há meia dúzia de anos, não entendia e gostava. Hoje entendo, exponho e adoro!
Nada como ir a um bom congresso de Psicologia, quando somos apaixonados por ela...

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1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Nada como desenvolver-se cada vez mais naquilo que gostamos. Bom domingo para você.

30 março, 2008 13:35  

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