Nizâmî - Laylí e Majnún (2)
Enquanto todos os seus amigos em seus livros afanavam,
Eles provavam outros modos de se instruir.
Aprendiam a gramática do amor um nos olhos do outro,
E os olhares eram para eles as notas que sacavam.
Pelo feitiço do amor se livravam da ortografia.
Eles praticavam escrevendo letras cheias de carícias.
Os demais aprendiam a contar; enquanto eles dizer podiam
Que não há nada que conte à excepção da ternura.
Eles provavam outros modos de se instruir.
Aprendiam a gramática do amor um nos olhos do outro,
E os olhares eram para eles as notas que sacavam.
Pelo feitiço do amor se livravam da ortografia.
Eles praticavam escrevendo letras cheias de carícias.
Os demais aprendiam a contar; enquanto eles dizer podiam
Que não há nada que conte à excepção da ternura.
Nizâmî (1140/6-1203/9).
Trad. por Sam, a partir do espanhol de
Jordi Quingles i Fontcubierta (1991).
Trad. por Sam, a partir do espanhol de
Jordi Quingles i Fontcubierta (1991).
Etiquetas: Laylí e Majnún, Nizâmî, Poesia, Sabedoria do amor
4 Comentários:
tão lindooooo
SAM
Absolutamente delicado e envolvente.
Pudessem todos os olhos do mundo aprender sob este manto. Pudessem todos os olhos do mundo compreender e partilhar a semântica do amor e elevá-la ao infinito...
Um beijo terno
Concordo: delicado mesmo. Sutil ? E precisa ?
Quando leio esse texto fico pensar nas possibilidades infinitas que nos convidam a fazer parte dessa dança, que nada mais é que a dança do encontro, quebrando certos paradigmas herdados por uma cultura cuja lógica nos perveteu o sentido real da existência.Eu quero apostar que é possível ser feliz e que o convite será sempre "Venha dançar comigo."
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