Hoje caminhamos para o amanhã
Hoje, Portugal assume a presidência rotativa da União Europeia, uma união na qual 2/3 da sua população considera estar na direcção certa e que 53% encara a sua pertença como positiva (60% em países como a Polónia, o Reino Unido e a Alemanha e apenas 50% em França e Portugal).
Pelos vistos, acompanhei as presidências anteriores, mas nem dei por nada! 1992 e 2000, se não estou em erro. E, como se diz em Portugal, à terceira é de vez!
De facto, se tudo correr bem, não iremos ter uma quarta presidência, uma vez que o Tratado de Lisboa, a ser firmado neste mandato, acabará com o absurdo sistema de, a cada 14 anos, poder ser-se Presidente. A democracia dos estados-membros não se faz pela circulação e rotação presidências por seis meses.
José Pinto Ribeiro, Presidente do Fórum Justiça e Liberdades, dizia que ao pagar impostos os cidadãos esperam receber algo em troca. O raciocínio, para mim, é simples! Paga-se, ergo, espera-se um serviço que, neste caso, manifesta-se através de um poder executivo competente.
A democracia, “mais do que uma questão de autonomia do estado”, dizia ele, deve estar cimentado sob as pessoas, numa “devolução da soberania do cidadão”. Mas como? Ninguém sabe a resposta certa!
Giovanni Grevi, do Instituto de Estudos de Segurança, chamou-me a atenção com duas asserções dignas de reflexão:
Pelos vistos, acompanhei as presidências anteriores, mas nem dei por nada! 1992 e 2000, se não estou em erro. E, como se diz em Portugal, à terceira é de vez!
De facto, se tudo correr bem, não iremos ter uma quarta presidência, uma vez que o Tratado de Lisboa, a ser firmado neste mandato, acabará com o absurdo sistema de, a cada 14 anos, poder ser-se Presidente. A democracia dos estados-membros não se faz pela circulação e rotação presidências por seis meses.
José Pinto Ribeiro, Presidente do Fórum Justiça e Liberdades, dizia que ao pagar impostos os cidadãos esperam receber algo em troca. O raciocínio, para mim, é simples! Paga-se, ergo, espera-se um serviço que, neste caso, manifesta-se através de um poder executivo competente.
A democracia, “mais do que uma questão de autonomia do estado”, dizia ele, deve estar cimentado sob as pessoas, numa “devolução da soberania do cidadão”. Mas como? Ninguém sabe a resposta certa!
Giovanni Grevi, do Instituto de Estudos de Segurança, chamou-me a atenção com duas asserções dignas de reflexão:
- No período de 10-15 anos que nos precede, o resto do mundo tem-se desenvolvido mais que a Europa, que se tem centrado nas suas instituições internas. Naturalmente, se não sabemos quem somos, dificilmente poderemos assumir a nossa posição relacional com os demais! Somente uma Europa que se entenda a si mesma, cujos cidadãos e estados-membros aceitem as diferenças e similitudes, é que poderá evoluir a passos largos. Mas será que a evolução interna exclui a externa? A criança não se desenvolve somente intelectualmente ou apenas fisicamente: há a necessidade de uma evolução completa e sistemática.
- As mudanças parecem escapar ao controle, à gestão e das decisões democráticas. Talvez devêssemos rever o que entendemos por democracia.
Ou talvez devêssemos sentar, impávidos, e reclamar…
A escolha é dos cidadãos: o certo ou o fácil?
Etiquetas: Dimensões da realidade, Europa, Giovanni Grevi, José Pinto Ribeiro, Lideranças, Portugal, Unidade Mundial
2 Comentários:
Concordo que, fora da Europa, o crescimento econômico é maior. Mas nem sempre este crescimento representa, efetivamente, desenvolvimento, que é muito mais do que ele, envolvendo bem estar, assistência ao cidadão, etc.
Acho bem que a Prsidência portuguesa se faça valer dos seus direitos até porque segundo o Tratado de Tordesilhas a Europa é nossa.
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