Os Idiomas são Importantes!
No Dia Mundial da Língua Materna, abrindo o Ano Internacional dos Idiomas, só posso deixar aqui uma reflexão que me acompanha desde os meus tempos de infância. Tendo sido educado numa religião cujo preceito fundamental é a unicidade de todo o género humano, pondero sobre a questão dos idiomas.
Já referi certa vez, neste mesmo blog, que considero que a aproximação de variações de um mesmo idioma poderia ser o primeiro passo para a unificação dos povos do mundo e a abolição dos preconceitos. Aliás, noutra oportunidade mencionei que a paz universal só poderá ser alcançada com o estabelecimento de determinadas coisas, entre as quais a unidade dos idiomas.
Bahá'u'lláh (1817-1892), o fundador da Fé Bahá'í, durante o seu exílio em território otomano, foi visitado pelo Primeiro-Ministro turco, Kamál Páshá, que lhe relatou o facto de conhecer inúmeros idiomas. Ele respondeu com a seguinte passagem:
E, hoje, existindo 6.700 idiomas falados em todo o mundo, 3.350 delas estão em vias de extinção (segundo estudos, a cada duas semanas uma delas deixa de ser praticada), será que eu terei que falar 6.700 idiomas para poder me comunicar com o resto do mundo?
Eu que adoro idiomas, mesmo que soubesse 7 deles, teria o conhecimento de 0,10% dos idiomas do mundo. Serei eu um parco ser humano? Bem, não! Afinal de contas, 96% das línguas são faladas por 4% da população mundial. Mas, mesmo assim, será este o caminho? Despender dinheiros públicos para manter idiomas que já ninguém quer falar? Ou utilizá-los com apoios aonde realmente são necessários? Na educação de países em vias de desenvolvimento ou no apoio às vítimas de conflitos armados? Essas deveriam ser as prioridades do mundo!
A questão linguística deve levar-nos à alguma manutenção da beleza da diversidade idiomática, mas não a uma luta redundante pelo passado. Deveríamos criar meios de manutenção dos nossos idiomas nativos (quando necessário) e a criação urgente de um novo idioma que nos permitisse comunicar uns com os outros. Afinal de contas, o que é a comunicação senão a arte de pôr algo em comum, de conectar-se aos demais?
O slogan da UNESCO é verdadeiro, mas não poderia ser, ao invés de Os Idiomas são Importantes: um idioma auxiliar universal é importante? Espero que os debates sejam pragmáticas e focados na unidade do género humano, mais do que na manutenção do passado (por mais que eu adore aprender novos idiomas).
Já referi certa vez, neste mesmo blog, que considero que a aproximação de variações de um mesmo idioma poderia ser o primeiro passo para a unificação dos povos do mundo e a abolição dos preconceitos. Aliás, noutra oportunidade mencionei que a paz universal só poderá ser alcançada com o estabelecimento de determinadas coisas, entre as quais a unidade dos idiomas.
Bahá'u'lláh (1817-1892), o fundador da Fé Bahá'í, durante o seu exílio em território otomano, foi visitado pelo Primeiro-Ministro turco, Kamál Páshá, que lhe relatou o facto de conhecer inúmeros idiomas. Ele respondeu com a seguinte passagem:
"Desperdiçaste tua vida. Convém a ti e aos outros funcionários do governo promover uma reunião e escolher uma dentre as diversas línguas, bem como uma das escritas existentes, ou senão criar uma nova língua e uma nova escrita para serem ensinadas às crianças nas escolas de todo o mundo. Deste modo, as crianças estariam aprendendo apenas duas línguas, uma sua própria língua nativa, e a outra, a língua na qual todos os povos do mundo conversariam. Caso os homens aderissem firmemente àquilo que tem sido mencionado, toda a terra viria a ser vista como um só país, e os povos seriam desobrigados e libertados da necessidade de aprender e ensinar diferentes idiomas."
E, hoje, existindo 6.700 idiomas falados em todo o mundo, 3.350 delas estão em vias de extinção (segundo estudos, a cada duas semanas uma delas deixa de ser praticada), será que eu terei que falar 6.700 idiomas para poder me comunicar com o resto do mundo?
Eu que adoro idiomas, mesmo que soubesse 7 deles, teria o conhecimento de 0,10% dos idiomas do mundo. Serei eu um parco ser humano? Bem, não! Afinal de contas, 96% das línguas são faladas por 4% da população mundial. Mas, mesmo assim, será este o caminho? Despender dinheiros públicos para manter idiomas que já ninguém quer falar? Ou utilizá-los com apoios aonde realmente são necessários? Na educação de países em vias de desenvolvimento ou no apoio às vítimas de conflitos armados? Essas deveriam ser as prioridades do mundo!
A questão linguística deve levar-nos à alguma manutenção da beleza da diversidade idiomática, mas não a uma luta redundante pelo passado. Deveríamos criar meios de manutenção dos nossos idiomas nativos (quando necessário) e a criação urgente de um novo idioma que nos permitisse comunicar uns com os outros. Afinal de contas, o que é a comunicação senão a arte de pôr algo em comum, de conectar-se aos demais?
O slogan da UNESCO é verdadeiro, mas não poderia ser, ao invés de Os Idiomas são Importantes: um idioma auxiliar universal é importante? Espero que os debates sejam pragmáticas e focados na unidade do género humano, mais do que na manutenção do passado (por mais que eu adore aprender novos idiomas).
Etiquetas: Bahá'u'lláh, CPLP, Educação, Efemérides, UNESCO, Unidade Mundial
2 Comentários:
língua matre
guardo teus sons
em caixa de música
doce voz
a.
Tentaram isso com o ESPERANTO mas não vingou longe das casas espíritas. No entanto, eu creio que um dia chegaremos a uma língua universal. Agora, porém, seguindo a lógica, se dependesse de mim, tornaria o inglês a língua universal, a todos dando condições de aprende-lo pois não adianta remarmos contra a maré e esta é a tendência contemporânea. Bom final de semana.
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