O perigo da diversidade (???)
Hoje, dia mundial da diversidade, explico porque sou tão a favor da diversidade.
A representação Bahá’í nas Nações Unidas declarou em 1990, no documento Combating Racism (em português, Combatendo o Racismo):
Na visão bahá’í, a unicidade do género humano representa uma interdependência orgânica dentro de uma entidade social corpórea. Isto implica que o bem-estar dos componentes constituintes desse corpo está inextricably interwoven com a do todo. Ademais, a unicidade essencial da raça humana não é restrita à dimensão física; estende-se aos aspectos sociais e espirituais da vida humana. Alentando e desvelando o potencial transcendental do homem, a diversidade cultural pode começar a ser vista como a expressão de sua verdade universal. Somente então as barreiras raciais percebidas poderão ser ultrapassadas.
Durante a minha estadia no Brasil fiz vários amigos, mas gostaria de aproveitar e falar de três deles. Hayden, Renê e Naim. O primeiro com nome anglófono, o segundo nome francês, e o terceiro nome persa. Dois nascidos no Brasil e outro no EUA. Os dois últimos estudam ciências e direito, e o primeiro é professor de inglês. Cada um dotado de um talento único: uma voz brilhante e sem comparação, uma capacidade de escrita doce, e uma astúcia lógica impressionante. Não poderiam ser pessoas mais diferentes, mas são estas as três pessoas com quem mais me dei no Brasil, ainda que por tempos curtos e escassos. Ouvir e sentir a música do Hayden, a escrita do Renê ou o pensamento do Naim faz-me pensar na unidade que se pode encontrar na diversidade humana. Enquanto alguns podem preferir rodear-se de pessoas que lhes são exatamente iguais, clones de pensamentos e gostos de si mesmas, outras tentam ter, entre seus amigos, os mais diversos e distintos de todos, pois entendem a beleza da humanidade na diferença.
Bahá’ís, por natureza, somos (ou tentamos ser) pessoas assim. Provimos de 236 países e territórios de todo o mundo, reunindo representantes de não menos que 2.112 raças, números entre apoiantes de origem cristã de várias denominações, muçulmanos de ambas variantes sunitas e chiita, judeus, hindus, zoroastrianos e budistas. Os livros de literatura bahá'í estão publicados em 802 idiomas. E não poderíamos ter uma Convenção Internacional que corresse melhor!
Mas, sabe-se lá porque, o estado iraniano teme essa diversidade, sente-se ameaçada por ela. Um dia conecta-a a atentados, no outro insulta-a. Um dia chama-lhe espionagem americana, no outro sionista. Um dia tortura crianças em escolas, no outro prende adultos
Alguém, por favor, explique-me o medo à diversidade…
Do outro lado do mundo, no Brasil, a televisão faz uma cobertura sobre a possibilidade de encontrar a beleza da diversidade no lugar mais difícil de imaginá-la: no eixo Israel-Palestina.
Veja o vídeo do Globo Repórter:
Etiquetas: Bahá'u'lláh, Brasil, CPLP, Direitos Humanos, EUA, Europa, Irã, ONU, Religião, Unidade Mundial
3 Comentários:
Que legal ver este vídeo sobre a presença da diversidade em Israel. As imagens dos Patamares e do Santuário de Báb são muito encantadoras. São as primeiras imagens de lugares bahá'ís que vi no Globo Repórter.
Na minha modesta opinião o perigo da diversidade prende.se com o perigo da perca de poder, influência e de interesses de grupos restritos de pessoas. A "não-mudança" da situação com a a inactividade, a conformação, a aceitação e habito de não se questionar do restante grupo de pessoas.
In my opinion it already was discussed, use search.
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