Nizâmî - Laylí e Majnún
Quem sou eu, tão longe de ti e contudo tão cerca?
Um mendigo que canta. Laylí, me ouves?
Livre do trabalho árduo da vida, minha solidão
Minha pena e minha aflição são para mim felicidade.
E, sedento, na corrente da dor me afogo.
Filho do sol, padeço fome pela noite.
Ainda que separadas, nossas duas almas amantes se unem,
Pois a minha é toda tua e a tua é minha.
Dois enigmas somos para o mundo,
Um responde ao fundo lamento do outro.
Mas, se nossa separação nos divide em dois,
Uma luz radiante nos envolve em comum,
Como procedente de outro mundo.
O que lá é um, aqui está separado.
As almas livremente vagam e se comunicam.
Eu viverei para sempre: o temor mortal, a decadência
E a própria Morte deixaram de exercer seu poder.
Compartindo tua vida por toda a eternidade,
Eu viverei se tu permaneces comigo.
Um mendigo que canta. Laylí, me ouves?
Livre do trabalho árduo da vida, minha solidão
Minha pena e minha aflição são para mim felicidade.
E, sedento, na corrente da dor me afogo.
Filho do sol, padeço fome pela noite.
Ainda que separadas, nossas duas almas amantes se unem,
Pois a minha é toda tua e a tua é minha.
Dois enigmas somos para o mundo,
Um responde ao fundo lamento do outro.
Mas, se nossa separação nos divide em dois,
Uma luz radiante nos envolve em comum,
Como procedente de outro mundo.
O que lá é um, aqui está separado.
As almas livremente vagam e se comunicam.
Eu viverei para sempre: o temor mortal, a decadência
E a própria Morte deixaram de exercer seu poder.
Compartindo tua vida por toda a eternidade,
Eu viverei se tu permaneces comigo.
Nizâmî (1140/6-1203/9).
Trad. por Sam, a partir do espanhol de
Jordi Quingles i Fontcubierta (1991).
Trad. por Sam, a partir do espanhol de
Jordi Quingles i Fontcubierta (1991).
Etiquetas: Laylí e Majnún, Nizâmî, Poesia, Sabedoria do amor