quinta-feira, setembro 28, 2006

Revisitando a inocência...

Tenho observado mais: como ele cresceu! Ele nem um ano tem e já se faz um homem. Há já meses que se vira quando ouve o seu próprio nome, reconhece a voz e a face dos pais, amigos e vizinhos. Sorri a todos que lhe passam com a inocência que lhe caracteriza. Sorri, ri e dá gargalhadas. Diferencia amigo de desconhecido, e explora o inexplorado – aliás explora com a leveza de um cientista tudo o que estiver ao seu alcance.
Naturalmente, à medida que ele for crescendo passará da imediatez infantil, que o caracteriza num mundo real dos sentidos, para uma existência mais permeável, cada vez mais autónomo e responsável por si e pelo seu meio.
Orientado pelos pais, qualquer criança autónoma vai aumentando o seu espaço de liberdade (responsável). À medida que vai crescendo, continua necessitando “imperiosamente directrizes e normas de vida simples que lhe permitam orientar-se”, mas que se devem ir flexibilizando através de “mais liberdade na medida em que pode assumir mais responsabilidade” (Lukas).
Aí, encontraremos uma dessas crianças (ou jovens?) de dez, doze anos, como aquela que conheci há pouco tempo, que se preocupa com a vida e a existência, que se assusta com os ataques terroristas, que teme pelo bem-estar dos demais e, que, irreverentemente procura o sentido da insegurança global e da ausência da paz.
É por isso que um dos meus autores favoritos e um dos maiores psicólogos da história, Jung, afirma:
Mas o mais belo mesmo é escorregar com leveza e sem dor para a terra das crianças, sob a protecção dos pais, livre de qualquer responsabilidade e preocupação. Pensar e preocupar-se é da competência dos que estão lá no alto; lá existem respostas para todas as perguntas e necessidades. Tudo o que é necessário encontra-se à disposição. Esse estado onírico infantil do homem massificado é tão irrealista que ele jamais se pergunta quem paga por esse paraíso. A prestação de contas é feita pela instituição que se lhe sobrepõe, o que é uma instituição confortável para ela (…). Quanto maior o poder, mais fraco e desprotegido o indivíduo”.
Portanto, quanto menos liberdade se der, quanto maior a pressão, quanto maior o poder que prende, menos livre para flutuar e mais preocupado estará a criança.
É a minha ardente prece que os pais deste mundo sejam daqueles capazes de manter a inocência dos filhos, enquanto forem crianças, e de continuarem lado a lado com elas, quando elas percam a sua inocência e se convertam em um de nós: adultos!

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quarta-feira, setembro 20, 2006

Rumi - "Estas preces e guerras santas e jejuns"

Acidentes servem apenas para manifestar a secreta essência;
A qualidade essencial aquiesce, e acidentes passam.
Esta marca de ouro perdura não a pedra de toque,
Mas somente o próprio ouro, genuíno e indubitável.
Estas preces e guerras santas e jejuns
Não irão perdurar, somente as almas nobres perduram.

Jalálu’d-Dín-i-Rumí (1207-1273) in Mathnavi (livro 5).
Trad. por Sam, a partir do inglês de
E.H.Whinfield (The Spiritual Couplet of Maulana Jalalu-'D-Din Muhammad Rumi).

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sexta-feira, setembro 15, 2006

pelo Diogo (amigo de longa data) e pela Marta (amiga para longa data)


O coração humano assemelha-se a um espelho.

Quando o espelho é purificado, os corações humanos harmonizam-se e reflectem um ao outro, e assim emoções espirituais são geradas.

'Abdu'l-Bahá (1844-1921) in Seleção dos Escritos.
Trad. por Leonora Armstrong, P. Milani e LHBeust,
a partir do inglês do
Centro Mundial Bahá'í e Marzieh Gail (1978).

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segunda-feira, setembro 11, 2006

'Abdu'l-Bahá - há (pelo menos) cinco anos que deveríamos ter memorizado!

Eu vos exorto, a cada um de vós, que concentreis o íntimo dos vossos pensamentos no amor e na união. Quando surgir um pensamento de guerra, fazei-lhe oposição com um pensamento mais forte de paz. Um pensamento de ódio deve ser destruído por um mais poderoso pensamento de amor. Pensamentos de guerra trazem destruição da harmonia, do bem-estar, da tranqüilidade e do contentamento.

Pensamentos de amor constroem a fraternidade, a paz, a amizade e a felicidade.

'Abdu'l-Bahá (1844-1921) in Palestras em Paris (1911).
Trad. por CNBahá'í de TRBrasil, a partir da compilação de
Lady Bloomfield (1912).
Nota: post publicado às 13:46 (GMT) / 8:46 (ET),
hora em que, há 5 anos, o fênix Humanidade
deveria ter reiniciado contagem...

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