sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Sting - Doido Por Ti

Hoje é um dia raro e, por isso, até especial.

Então, deixo-vos uma música que me é especial.

Uma de minhas favoritas de Sting e a primeira que me dei ao trabalho de traduzir.

Já lá vão uns dez anos, ou seja, na minha remota (ou talvez não) adolescência.

Traduzir uma música que gostamos não é fácil, ainda mais tentando manter a mesma sequência de rimas (o que aqui, nem sempre foi possível) numa letra aparentemente sem nexo, como esta (mas, não se esqueçam que as aparências iludem! e a música faz-se mais complexa do que realmente é).




Doido Por Ti (tradução de Sam)

Mad About You (letra e música de Sting)

Pedra é lançada de Jerusalém
Andei uma milha solitária ao luar
E embora milhares de estrelas brilhassem
Meu coração se encontrava no planeta aquém
Os rodopios à volta da lua abrilesca
Rodopiando em arcos de tristeza,
Estou perdido sem ti Perdido sem ti
Embora todos os meus reinos se tornem pó
E eu caia no oceano
Estou doido por ti Doido por ti

E dos obscuros e longínquos vales
Ouvi a antiga e pranteante canção
Mas a cada pegada pensava em ti
Cada passo só tu
E toda estrela um grão de areia
Os restos dum seco oceano
Diz-me, por quanto mais tempo? Quanto mais tempo?

Dizem que numa cidade no deserto jaz
A vanidade dum rei antigo
Mas a cidade jaz em pedaços destroçados
Onde os ventos uivam e os abutres cantam
Estes são os trabalhos dos homens
É o resultado da nossa ambição
Eu faria uma prisão da minha vida
Se deres a outro a tua mão
Com cada prisão que se torna pó
Meu inimigo anda livre
Estou doido por ti Doido por ti

E eu nunca na minha vida
Senti-me mais só do que sinto agora
Embora clame domínio sobre tudo o que já vi
Não significa nada para mim
Não há qualquer vitória
Na nossa história, sem amor

E embora possuas a chave da ruína
De tudo o que já vi
Com cada prisão que se torna pó
Meu inimigo anda livre
E todos os meus reinos se tornem pó
E eu caia no mar
Não significa nada para mim
Estou doido por ti Doido por ti






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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Psi-Ilustres

Encontrei no site espanhol Psiquiatria, uma lista dos mais ilustres do mundo das Psi-ciências, cujo nome começa com F.
Assinalados estão os que eu conheço e, ao que parece, ainda há muito a estudar...
Confira a lista:

Fahr Theodor (1877-1945)
Fairbairn W Ronald (1889-1964)
Falret Jean Pierre (1794-1870)
Falret, Jules Philippe Joseph (1824-1902)
Faría, Jose Custodio de, Abate Faría (1756-1819)
Fechner Gustav Theodor (1801-1887)
Federn ,Paul (1871-1950)
Feigl Herbert (1902-1988)
Feijoo Fray Benito Jerónimo (1676-1764)
Fenichel Otto (1897-1946)
Ferenczi Sandor (1873-1933)
Fernández Sanz Enrique (1872-1959)
Fernández-Vitorio y Cociña, Antonio (1855-1920)
Ferri Enrico (1856-1929)
Ferrier , James Frederick (1808-1864)
Feuchtersleben Ernst F von, Barón (1806-1949)
Fichte Hans Gottlieb (1762-1814)
Ficino Marsilio (1433-1499)
Filodemo de Gadara (c.110–c.40-35 AdC)
Filón de Alejandría (c.20 AdC)
Fischer Edmudo (1904-1975)
Flechsig, Paul Emil (1847-1929)
Flourens, Pierre Charles -Jean (1794-1867)
Flournoy Theodore (1854-1920)
Flugel, John Carl (1884-1955)
Foerster Otfried (1873-1941)
Forel Auguste Henri (1848-1931)
Forge Luis de la (fl. 1666)
Foucault Michel (1926-1984)
Fouillée , Alfred (1838-1912)
Frank Erich (1883-1949)
Frankl Victor (1905-1997)
Franz, Shepherd Ivery (1874-1933)
Fregoli Leopoldo (1867-1036)
Freud, Anna (1895-1982)
Freud, Sigmund (1856-1939)
Frey Max Von, (1852-1932)
From Erich (1900-1980)
From-Reichman Frida (1889-1957)

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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Uma aula com Viktor Frankl

Viktor Frankl é o fundador da Logoterapia e, o vídeo que se segue, é um de meus favoritos.



A tradução completa, por mim, a partir do original inglês:

Querem fazer muito dinheiro. Na Europa, todo estudante americano
e todo adulto americano é tido como alguém que está aí para fazer muito dinheiro.
Realmente, 16%, 16% desses estudantes
mencionam que o seu principal objectivo e preocupação de vida
é fazer muito dinheiro – e cito-o literalmente:
fazer muito dinheiro.
E sabem a classe de topo, a categoria de topo
categoria, categória, como é que dizem? –
categoria era... – desculpem-me, sei que falo com um maravilhoso
sotaque sem o mínimo inglês.
Sabem qual foi a categoria de topo?
78% destes jovens americanos estavam preocupados,
como se expressaram, com encontrar um sentido e um propósito
para as suas vidas.
Então, é uma visão realista do homem.

E sabem? Não vão acreditar. Cabelo grisalho...
A minha idade... Comecei a ter aulas de aviação.
E sabem o que o meu instrutor de voo me disse?
«Se começarmos aqui e quisermos chegar aqui,
digamos Este, dirigidos para isso e tivermos um vento contrário,
seremos levados, e aterraremos aqui e
teremos fazer aquilo que nós pilotos chamamos crabing (C-R-A-B).
Temos que dirigir-nos a Norte desta base aérea e teremos que voar
naquele sentido, como se nos dirigíssemos àquela direção.
Se nos dirigíssemos para aqui, por cima desta base aérea então,
realmente, aterraríamos aqui. Mas se formos para aqui, aterraremos aqui.»
Isto também se aplica ao homem, eu diria.
Se tomarmos o homem como ele realmente é, fá-lo-emos pior.
Mas se o sobrestimarmos...
É prematuro, o vosso aplauso, e em breve saberão porquê...
se parecermos idealistas e sobrestimarmos, sobrevalorizarmos
o homem e olharmos para ele daqui de cima, sabem o que acontece?
Promoveremos nele aquilo que ele pode realmente ser,
portanto temos que ser idealistas de certa forma.
Então encontraremos a verdade do real realista.
E sabem quem disse isso?
«Se tomarmos o homem como é, fá-lo-emos pior,
mas se tomarmos o homem como ele deveria ser,
fá-lo-emos capaz de tornar-se o que ele pode ser...»
Isso não foi o meu instrutor de voo, não fui eu,
foi Goethe: ele disse isso verbalmente.
E agora irão entender porque num dos meus escritos
disse, certa vez, que esta é uma das maiores máximas
e motes de qualquer actividade psicoterapêutica.
Então, se não reconhecermos a vontade de sentido de um jovem,
a busca de sentido do homem, fá-lo-emos pior,
torna-lo-emos aborrecido, frustramo-lo e ainda
contribuímos continuamente para a sua frustração.
Enquanto que se pressupormos que este homem,
este alegado criminoso ou delinquente juvenil
ou toxicodependente, e por aí em diante, deve ter uma...
como se diz... faísca, sim, faísca de busca de sentido:
vamos reconhecê-lo, vamos pressupô-lo e, então,
iremos extraí-lo dele e fá-lo-emos transformar naquilo
que ele, em princípio, é capaz de se transformar.

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sábado, fevereiro 23, 2008

Uma música que vai para além do filme...


Há meu amor,
algo que não fizesse eu por ti?
para ter-te um segundo,
longe do mundo
e pertinho de mim?

Há meu amor,
como o rio de sereia
que se funde na areia do mar
querer fundir-me eu em ti.

Há amores que se tornam resistentes aos danos,
como o vinho que melhora com os anos,
assim cresce o que sinto eu por ti.

Há amores que esperam o inverno e florescem,
e nas noites do outono enverdecem,
tal como o amor que sinto eu por ti.

Ah meu amor, não te esqueças do mar
que nas noites me viu chorar
tantas memórias de ti.

Ah meu amor, não te esqueças do dia
que separou tua vida da pobre vida
que me coube viver.

Há amores que se tornam resistentes aos danos,
como o vinho que melhora com os anos,
assim cresce o que sinto eu por ti.

Há amores que esperam o inverno e florescem,
e nas noites do outono enverdecem,
tal como o amor que sinto eu por ti.
eu por ti, por ti,
como o amor que sinto eu por ti
Shakira (Amor no tempo de cólera).
Trad. de Sam
do original espanhol.


E obrigado!




Hay Amores Lyrics

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Os Idiomas são Importantes!

No Dia Mundial da Língua Materna, abrindo o Ano Internacional dos Idiomas, só posso deixar aqui uma reflexão que me acompanha desde os meus tempos de infância. Tendo sido educado numa religião cujo preceito fundamental é a unicidade de todo o género humano, pondero sobre a questão dos idiomas.

Já referi certa vez, neste mesmo blog, que considero que a aproximação de variações de um mesmo idioma poderia ser o primeiro passo para a unificação dos povos do mundo e a abolição dos preconceitos. Aliás, noutra oportunidade mencionei que a paz universal só poderá ser alcançada com o estabelecimento de determinadas coisas, entre as quais a unidade dos idiomas.

Bahá'u'lláh (1817-1892), o fundador da Fé Bahá'í, durante o seu exílio em território otomano, foi visitado pelo Primeiro-Ministro turco, Kamál Páshá, que lhe relatou o facto de conhecer inúmeros idiomas. Ele respondeu com a seguinte passagem:

"Desperdiçaste tua vida. Convém a ti e aos outros funcionários do governo promover uma reunião e escolher uma dentre as diversas línguas, bem como uma das escritas existentes, ou senão criar uma nova língua e uma nova escrita para serem ensinadas às crianças nas escolas de todo o mundo. Deste modo, as crianças estariam aprendendo apenas duas línguas, uma sua própria língua nativa, e a outra, a língua na qual todos os povos do mundo conversariam. Caso os homens aderissem firmemente àquilo que tem sido mencionado, toda a terra viria a ser vista como um só país, e os povos seriam desobrigados e libertados da necessidade de aprender e ensinar diferentes idiomas."

E, hoje, existindo 6.700 idiomas falados em todo o mundo, 3.350 delas estão em vias de extinção (segundo estudos, a cada duas semanas uma delas deixa de ser praticada), será que eu terei que falar 6.700 idiomas para poder me comunicar com o resto do mundo?
Eu que adoro idiomas, mesmo que soubesse 7 deles, teria o conhecimento de 0,10% dos idiomas do mundo. Serei eu um parco ser humano? Bem, não! Afinal de contas, 96% das línguas são faladas por 4% da população mundial. Mas, mesmo assim, será este o caminho? Despender dinheiros públicos para manter idiomas que já ninguém quer falar? Ou utilizá-los com apoios aonde realmente são necessários? Na educação de países em vias de desenvolvimento ou no apoio às vítimas de conflitos armados? Essas deveriam ser as prioridades do mundo!

A questão linguística deve levar-nos à alguma manutenção da beleza da diversidade idiomática, mas não a uma luta redundante pelo passado. Deveríamos criar meios de manutenção dos nossos idiomas nativos (quando necessário) e a criação urgente de um novo idioma que nos permitisse comunicar uns com os outros. Afinal de contas, o que é a comunicação senão a arte de pôr algo em comum, de conectar-se aos demais?

O slogan da UNESCO é verdadeiro, mas não poderia ser, ao invés de Os Idiomas são Importantes: um idioma auxiliar universal é importante? Espero que os debates sejam pragmáticas e focados na unidade do género humano, mais do que na manutenção do passado (por mais que eu adore aprender novos idiomas).

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quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Hoje vi um tucano

Viajando pelo Brasil, lá pelos lados de Palmas, a cidade de avenidas que nunca mais terminam, vi um tucano voando, lá, no alto dos céus.

Não me recordo de alguma vez ter visto algum desses pássaros voando, talvez nalgum zoo esquecido de minha memória tenha visto um, mas não voando. Não o creio!

Estava ele voando sozinho, como que buscando algum rumo, sem saber bem para onde ia, foi, saiu de minha vista, voando.

E vendo-o voar, pensei se seria esse o meu destino: voar, sem saber bem para onde; ou voar aonde os ventos do Destino me levam; ou, ainda, voar decidindo o local de pouso.

Sim, porque parar e descansar não é hábito meu; ficar esperando o destino chegar não é para mim! Como diria um amigo meu, mais vale a vida do pássaro.

Ir-me-ei abrir ao vento, anelar a vida, a elevação da humanidade, o desenvolvimento espiritual, a promulgação da paz universal e a proclamação humanida! Esta quero que seja a minha tarefa!

Ainda mais ideal é a vida do pássaro. Um pássaro, no cume de uma montanha, nos altos ramos oscilantes, constrói para si próprio um ninho mais belo que os palácios dos reis! O ar é extremamente puro, a água fresca e transparente como cristal, o panorama atraente e acolhedor. Em tal glorioso ambiente, ele passa seus limitados dias. Todas as colheitas das planícies são suas, tendo conseguido todas essas posses sem o menor esforço. Por conseguinte, não importa o quanto o homem possa progredir neste mundo, não atingirá ele a condição do pássaro! Torna-se evidente, pois, que no que tange as coisas deste mundo, ainda que se esforce e trabalhe até a morte, não será ele capaz de conquistar a abundância, a liberdade e a vida independente de um pequeno pássaro. Isto vem provar e estabelecer o fato de que o homem não foi criado para esse mundo efêmero – foi criado, sim, para a aquisição de infinitas perfeições a fim de atingir a sublimidade do mundo da humanidade, aproximar-se do limiar divino e sentar no trono da soberania sempiterna!

Quero ser aquele tucano que vi, mas não creio que o venha a ser! Porque, afinal de contas, mais vale a vida do humano.

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quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Nizâmî - Laylí e Majnún (4) - A realidade dos amantes

Sou teu, por mais longe que estejas de mim.
Tua pena, quando sofres, me dá pesar a mim.
Não há sopro que vente que não me traga o teu perfume.
Não há pássaro canoro que não pronuncie o teu nome.
Cada recordação que tenha deixado a sua pegada em mim
Permanece eternamente, como se fosse parte de mim.
Nizâmî (1140/6-1203/9).
Trad. de Sam
do espanhol de Jordi Quingles i Fontcubierta (1991).
(feliz dia dos namorados, pessoal
e não se esqueçam de manter a inocência!)

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sábado, fevereiro 09, 2008

Obrigado amigos!

Como já não era sem tempo, deveria agradecer aos meus copartícipes da blogosfera Neptuna, Juca, e Andréa Motta.
Há alguns dias (o que na blogosfera seriam muuuuitos dias) eles me ofertaram um presente que é, no mínimo digno de um obrigado público. Acumulei, acumulei e agora vocês terão blogs para visitar durante um bom tempo. Espero que gostem das sugestões.


Para a Neptuna, a Lita, o Olavo e o Bentes (e companhia) compartilham comigo a capacidade de ter um blog que até não é mau...
E, como se trata de uma amiga pessoal, irei celebrar o prémio, passando-o a outros amigos pessoais:
  • Alma Azul, pelo amor e preocupação pela humanidade, como opção pessoal e não como instituição definida;
  • Marcos, por caminhar com pés práticos o caminho artístico;
  • e Renê Couto, pela magnífica escrita da tinta da sinceridade e da generosidade.


Já para o Juca, além do prémio anterior ao blog, este blogger recebe o prémio pela amizade estabelecida, porque, verdade seja dita, o ciberespaço nos permite ir aonde nenhum homem havia ido antes, conhecendo todo o tipo de pessoas, mas aonde só algumas valem a pena. Junto a mim, ganharam este prémio algumas pessoas que merecem referência: o André Wernner, a Dri, a Du, o Fábio Mayer, a Luma, a Odele, e a Ru Correa.
Verdade seja dita, este ano e meio de blogosfera tem-me trazido novos e bons amigos. Por isso, irei mencionar alguns deles:
  • Cejunior, o primeiro blogger que descobri e com quem mantenho contacto ainda depois desse tempo;
  • Josenildo Marques, estudioso ímpar de antropologia;
  • AMMedeiros, companheira de psicologia e de logoterapia;
  • Lino Resende, conhecedor de uma visão de terra como um só país;
  • Alice Valente, com alguns textos e muitas fotos que ilustram a vida humana;
  • Catarina Cavalcante de Jesus, os seus textos e videos tão bem selecionados que comovem quem se deixar tocar;
  • Jonice pela capacidade bilingue, dom de quem ajuda a Terra a ser senhora de um idioma universal;
  • e Carlos Fran, pela idade revolucionária de quem é senhor e servo.


O Juca teve ainda a amabilidade de nomear este blog como um que faz as pessoas pensarem. Por isso, nomeando-me ao lado de outros dos nomes já mencionados, irei fazer o contrário, nomear outros blogs (e nenhum dos mencionados, por mais que me seja difícil), blogs cuja referência ímpar merece a leitura sempre atenta.
  • João Moutinho, pela preocupação com o ambiente, com a religião, com a vida e com uma boa escrita;
  • Vítor Sousa, pela qualidade da literatura citada e criada;
  • JAM, pela preocupação com a saúde mental;
  • David, pelo seu blog cultural que tem ainda muito para nos dar;
  • Samanha Shiraishi, pela visão transcultural da vida;
  • Marcelo Guerra, pela outra visão da saúde;
  • Fábrica de blogs, por um dos melhores noticiosos online de língua portuguesa;
  • Larissa Tietjen, pelo integracionismo de temas diversos com a mesma argúcia;
  • e, a minha descoberta recente (na realidade, ela que me descobriu): Gabriela Zago, pelo blog de tecnologia (e muito mais!).


A Andréa Motta diz que o meu blog, em conjunto com o Pensier e Parole, faz a diferença. Não sabendo bem a diferença que este modesto espaço pode fazer para as pessoas, irei congratular um amigo, cujo blog, conhecido de muitos e desconhecido de outros tantos, faz mesmo a diferença!
Cidadão do mundo, o blog que é a diferença!



O Juca ainda teve a amabilidade de elogiar o meu blog com outras três coisas:












Outra coisa que devo dizer é que, no que concerne a mim, a Neptuna, o Juca, e a Andréa Motta merecem, indubitavelmente, os três últimos selos, pelo carinho que dedicam a este singelo e simples espaço.


Agora toca a visitar estes espaços de referência: uns melhores que os outros! E: boa leitura!
(durante os próximos dez dias é pouco provável que eu poste algo novo, pelo que os meus amigos aqui citados serão companhia mais que suficiente)

PS: a organização dos blogs em lista tem a ver com o tempo que os conheço (do mais antigo ao mais recente, para mim).

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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Sorria, mas saiba sorrir!


Já notaram como por vezes não nos agrada um determinado sorriso, ou uma determinada pessoa parece falsa ao sorrir? Pois aqui vão as respostas.

Enquanto muitos, mundo afora, falam da importância de um sorriso sincero e dócil, alguns investigadores buscam informações sobre o sorriso.


Eva Krumhuber e seus colegas do Journal of Nonverbal Behavior levaram a cabo um estudo sobre a dinâmica do sorriso que solicitava aos 100 participantes (distribuição equitativa de ambos géneros sexuais) que julgassem o juízo.


Algumas conclusões são interessantes:

  • Os sorrisos mais lentos são entendidos como mais autênticos, atraentes e reais. Como um cristal que demora a se completar, ou uma borboleta que espera o tempo certo para se manifestar, o sorriso parece ser mais agradável se demorar alguns instantes a mais.
  • A inclinação da cabeça, com ela voltada à direita, é tida com mais atratividade e autenticidade.
  • O sorriso masculino é lido como mais autêntico que o feminino. A autora propõe que como os homens sorriem menos e as mulheres sorriem com mais frequência, e, por isso, o caso masculino é menos usual e o pouco que ele sorri será um sorriso com maior sinceridade.
  • Afinal de contas, se o ouro não fosse raro não valeria tanto!Por fim, as mulheres parecem mais hábeis em discernir um sorriso longo de um sorriso curto, provavelmente, digo eu, porque as mulheres possuem maior capacidade de discernimento, em geral, do que nós homens!

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quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Discriminação Racial é lei em Angola

Oito anos depois de aprovado em 2000, pela maioria parlamentar (desde 1975) do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a criação de novo item nos Bilhetes de Identidade dos cidadãos angolanos, há poucos meses das novas eleições, o tema volta à ribalta.

Mas que novo item é esse? Género sexual? Data de Nascimento? Filiação paternal e maternal? Não! Identificação racial! Os cidadãos do país africano terão que ser identificados como brancos, negros ou mistos.

Segundo o Página Um, «Justino Pinto de Andrade, economista e um dos mais respeitados analistas políticos angolanos, diz que "discriminar através do elemento racial é um erro histórico"». E, de fato, lembra-me a situação dos bahá'ís no Egito ou dos judeus na época da II Guerra Mundial.

Além da questão da discriminação, a lei não prevê o que vai mencionar no caso de imigrantes de países em que não se pode dizer se a pessoa é branca, negra ou mista, como o caso dos chineses que estão quase a obter a nacionalidade, ou como é que irão contabilizar o argumento misto.

Agora, mais do que detalhes técnicos está a questão fundamental: se a Terra, cada vez mais se assume como um só país, e a miscelânea de interculturalidade e interracialidade se fazem o espectro comum de todos os locais do mundo, porque estaremos a estabelecer diferenças? Se, cada vez mais, o objetivo é unir os povos do mundo e, no caso de Angola, criar um país unificado longe dos sectarismos que quase o destruíram há poucos anos, porque devemos buscar mais argumentos de separações?

Afinal de contas, somos mais iguais que desiguais!

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quarta-feira, fevereiro 06, 2008

Voltas e Revoltas da Vida e Reencontros do Coração

A vida dá muitas voltas, e nessas voltas e revoltas do universo, onde todos vivemos no mesmo país cujo nome é Terra, Earth, Zamin, ou qualquer outro nome, encontramos pessoas que nos marcam, num ou noutro momento de nossas existências.

E como existir é apenas ex-istir, istir para fora, ser para o outro, a minha vida só assume sentido se eu existo com os outros. E nessa vida, nessas voltas de rotação e translação que a vida vai dando, reencontrei duas das pessoas que mais me marcaram a vida.

Primeiro o meu bom e grande amigo Washington, um pensador com blog (e não um blogger pensante), um homem de família, um pai e um marido, que é para mim um amigo e irmão carinhoso, um sábio experiente que vive a vida como quem vive a musicalidade de um ipod ou um sonhador personagem de algum bom dvd perdido nalguma sala de estar. Esse é o meu amigo: um ser humano preocupado com a sua família e com o seu país, com o seu continente e com o seu mundo.

Depois vi a minha doce e querida amiga de infância, uma das minhas cinco companhias de brincadeiras e jogos mais presentes; sem dúvida a amiga mais antiga de minha vida! As voltas e revoltas da vida lhe concederam um marido que a ama, uma filha adorável e ainda um anúncio de outra criança. Regressando depois de tanto tempo às minhas origens, vejo na menina que ficou para trás uma linda e inteligente mulher, mas ainda com muitos desafios pela frente; pois, afinal de contas, Daniela querida, a vida terrena é feita de evoluções e re-evoluções constantes e, espero, desta vez, estar caminhando mais perto de vocês.

Mais amigos estão por visitar, e novos amigos já se adicionam à lista, mas ter o nosso escritor favorito e a nossa mais antiga amiga junto a nós é uma bênção que não quero perder.
Obrigado por serem vocês!

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