Parlamento do Mercosur e os Direitos Humanos
É triste notar que os seres humanos, politizando a realidade, não dão importância à sua própria existência!
O evento, promovido pelas Comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados do Brasil, com a Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul e a Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul e os apoios constantes de Conectas Direitos Humanos, Comunidade Baha'i do Brasil, Fundação Friedrich Ebert, Instituto Brasileiro de Análises Econômicas, Instituto de Estudos Socioeconômicos e outras, articuladas no Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa, tinha como objetivo debater a questão dos direitos humanos no espaço da Mercosul.
Quando nações se unem por causas económicas, deveriam estar unidas não contra inimigos em comum, mas pela unidade que lhes permitirá ser mais do que eram: esta é a vantagem da Mercosul. No entanto, dificilmente essa união faz a força.
Questiono-me quais os motivos da pouca atenção que os mídia deram ao tema. Será que nós, expectadores dos líderes, não queremos saber o que se passa na Tailândia, na Arábia Saudita, no Uzbequistão, no Paquistão, no Egito, no Burma, na Nigéria, na República da África Central, ou na Síria?É que se assim fosse, porque a necessidade para que um Representante para as Nações Unidas contra a violência infantil? Um Instituto Nacional de Direitos Humanos no Uruguai? Ou o Embaixador de Portugal no Brasil debate esse tema com os líderes brasileiros?
Se não fosse da natureza humana a preocupação com o seu irmão em sofrimento,porque é que a Amnistia Internacional ou o Observatório dos Direitos Humanos sequer existem?
O que faz com que o Diário de Notícias desse, ontem, ênfase ao tema quando falava da cimeira União Europeia - China?
Se não nos importamos para que tudo isso?
A questão é que nos importamos.
A questão é que estamos lá, compartilhando da dor dos presos injustos, dos torturados injustamente, das crianças em fome e em guerra, ao lado das vítimas de genocídios, ao lado dos que lutam pela liberdade política na África, na Ásia e nas Américas. Ao lado de quem defende a mais amada de todas as coisas: a justiça!
Estamos e continuaremos estando, ainda que alguns pontos de comunicação social se recusem em dar importância ao tema.
Estaremos, como um Mundo, dotado de uma única Vida.
Pois somos um Um mundo, Uma vida!
Junte-se à campanha no dia 10 de Dezembro.
Etiquetas: Arábia Saudita, Brasil, Burma, China, Direitos Humanos, Egito, Mercosul, Nigéria, Paquistão, República da África Central, Síria, Tailândia, Uruguai, Uzbequistão